No governo Paulo Câmara, já são mais de 15,5 mil assassinatos, denuncia Silvio Costa Filho

Por Rafael Santos 07/06/2018 14:21 • Atualizado 07/06/2018
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Em três anos de gestão do governador Paulo Câmara, mais de 15 mil homicídios foram contabilizados em Pernambuco. Esses números mostram uma realidade diferente da vida real das pessoas que não é igual à mostrada na publicidade do Governo do Estado. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social, os homicídios aumentaram de 3.890 em 2015, para 5.426 mortes em 2017, ano mais violento da história. O crescimento representa um aumento de 71,6%.

Segundo o líder da Oposição, Silvio Costa Filho (PRB), desde o início da gestão estadual, a bancada oposicionista alertou sobre o crescimento da violência e nada foi feito. “Realizamos audiências públicas e reuniões com vários representantes da área de segurança pública, além de cobrar do Governo a adoção de medidas para conter a escalada da violência. Apresentamos uma série de propostas, que infelizmente não foram adotadas, a exemplo da reformulação do Pacto pela Vida e a retomada da mesa de negociação com os profissionais da segurança pública”, relatou o parlamentar, acrescentando que as únicas medidas práticas adotadas pelo Estado foram a troca do comando da PM e a passagem de três secretários pela Secretaria de Defesa Social em menos de três anos.

Outro dado que chama atenção é o alto número de homicídios divulgados no Atlas da Violência produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Segundo o estudo, Pernambuco é o quinto Estado mais violento do País, com taxa de homicídio de 47,3/100 mil habitantes. Infelizmente, os dados apontam as fragilidades do programa Pacto pela Vida, que contribuiu, entre 2007 e 2013, para a queda das taxas de homicídios. Nos últimos três anos da gestão Paulo Câmara, houve um crescimento em 39,3%, no número de assassinatos. Além disso, foi registrado um aumento entre 15% e 17% na quantidade de jovens assassinados, como também em relação às mulheres. Segundo o Atlas, tivemos um aumento de 21%, saindo de 233 em 2015, para 286 no ano seguinte.

“Entendemos que governar é elencar prioridades. Mesmo o governo gastando milhões em publicidade para mostrar que a segurança vai bem, o Pernambuco de verdade é diferente do que é apresentado nas campanhas publicitárias. Nunca se morreu tanto no nosso Estado e a população está com medo de sair às ruas. Além do custo econômico que a criminalidade tem trazido. Em 2017, foram mais de 180 assaltos a bancos e a caixas eletrônicos. Isso tem prejudicado a economia dos municípios pernambucanos”

Ainda de acordo com o parlamentar, “é preciso que o governador, em caráter emergencial, apresente um planejamento para combater a violência. A Bancada de Oposição e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Pernambuco (OAB-PE), apresentaram um conjunto de sugestões ao Governo do Estado, mas infelizmente essa é uma gestão sem liderança e que não busca o diálogo com a população”, pontua.

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