Governo promete vistoriar 100% das casas contra Aedes aegypti

Por Andrison Freire 23/12/2015 10:10 • Atualizado 23/12/2015
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O aumento do número de casos de microcefalia associados à zika obrigaram o Ministério da Saúde a anunciar a adoção de uma medida de guerra para combater o mosquito Aedes aegypti, vetor da doença – o mesmo que transmite a dengue e a chikungunya. A pasta estabeleceu como meta visitar todos os imóveis brasileiros de residências rurais a shoppings em até 40 dias – até 31 de janeiro.

As visitas servirão para eliminar possíveis criadouros e orientar os proprietários sobre os riscos da doença. Os 266 mil agentes comunitários, somados a pelo menos 43,9 mil funcionários de combate a endemias, além de soldados do Exército recrutados para a operação, devem visitar pelo menos 20 casas por dia para cumprir a meta.

Defesa Civil, bombeiros, polícias, vigilâncias sanitárias e equipes de limpeza urbana também poderão ser convocados, dependendo da demanda de cada município. Os fiscais envolvidos na operação poderão obter autorização judicial para entrar em imóveis que estiverem fechados ou em que os moradores se recusarem a liberar a entrada, segundo uma portaria do Ministério da Saúde publicada em 2006. Só em São Paulo, 29.638 agentes comunitários e 4.926 equipes atuarão em 606 municípios – nos demais, agentes de endemia devem atuar.

Para o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, a situação impõe medidas firmes. “Esta é uma questão de emergência para a saúde. Se hoje nós não temos vacina ou algo de concreto e efetivo diferente de tudo que tem sido feito no combate ao vetor o mais efetivo é a eliminação de todo e qualquer recipiente que junte água parada e prolifere o mosquito”, destacou Maierovitch.

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