Projeto fotográfico “Vale do Siriji e seus remanescentes Engenhos de Açúcar” capacita alunos e professores

Iniciativa tem como proposta capacitar a comunidade escolar sobre o uso do celular como instrumento de registro, preservação, memória e salvaguarda dos bens patrimoniais e culturais de cidades pernambucanas, banhadas pelo Rio Siriji, responsáveis pela produção açucareira e cafeeira, durante o século XIX e XX: São Vicente Férrer (Agreste Setentrional); Vicência ( Mata Norte)

Por Rafael Santos 19/07/2021 15:37 • Atualizado 19/07/2021
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O colorido da região do Vale do Vale do Siriji, tão evidente no azul do céu, na vibração do pôr do sol, nas frutas dos projetos irrigados, é um dos atrativos para os amantes da fotografia, que têm a região como um dos principais-cartões postais da natureza no interior de  Pernambuco.  Todo esse cenário faz parte do projeto fotográfico “Vale do Siriji e seus remanescentes Engenhos de Açúcar”, que está sendo realizado em cidades da Mata Norte e do Agreste Setentrional pernambucano, de forma presencial, respeitando todos os protocolos sanitários contra a covid-19.

A ação acontece com o objetivo de capacitar alunos e professores de escolas públicas  para o registro, preservação, memória e salvaguarda dos bens patrimoniais dos municípios construídos no em torno do Rio Siriji, utilizando-se das tecnologias das próprias câmeras de aparelho celular. Com nascente localizada em Jussaral, na Fazenda Condado, no município de São Vicente Férrer, o Vale do Siriji, conta com uma extensão de 74 km, que corta os municípios de Vicência, Aliança, e deságua no rio Capibaribe-Mirim, que fica próximo aos Engenhos Bonito e Santa Rita, na cidade de Condado. Ao longo do percurso, o rio também recebe águas de outros afluentes, localizados em outros municípios da região,  como Bom Jardim, Buenos Aires e Timbaúba.

Durante o século XIX e XX, o rio foi  responsável pelo escoamento da produção açucareira e cafeeira, entre os municípios da região. Apesar de sua importância para economia e desenvolvimento local da época, o rio encontra-se em um grave problema ambiental, com descarte irregular de lixos, esgotos e mortandade de peixes e toda a vegetação que compõem sua paisagem, além de ter a correnteza interrompida, em alguns trechos. A falta de uma política pública entre poder público, sociedade e entidades ambientais, de forma mais enérgica, pode levar a extinção, do pouco que resta do rio. 

“O projeto, que conta com fundamentos teóricos e práticos da fotografia, busca ser um espaço para fomentar o debate social, cultural e ambiental,  por meio da diversidade de olhares, além de estimular novos talentos” explica o historiador,  mestre em Educação pela Universidade de Pernambuco (UPE) e coordenador do projeto, Uenes Gomes. 

Como resultado, além do curso, haverá a publicação de um catálogo e montagem de uma exposição pública com os retratos feitos pelos professores e estudantes. Alguns dos trabalhos serão expostos na página do projeto no Instagram: @engenhosdosiriji. São parceiros do curso a Biblioteca Pública Municipal Doutor Aluízio Inojosa, localizada em São Vicente, e o Museu Comunitário Poço Comprido, localizado na Zona Rural de Vicência, locais onde estão sendo realizadas as formações teóricas.  

O curso de fotografia “Vale do Siriji e seus remanescentes Engenhos de Açúcar” é realizado com incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura; e apoio da Fundarpe e Secretaria Estadual de Cultura (Secult-PE).

Serviço

O quê:  Projeto fotográfico “Vale do Siriji e seus remanescentes Engenhos de Açúcar” capacita alunos e professores de escolas públicas do interior de Pernambuco 

Onde:  Biblioteca Pública Municipal Doutor Aluízio Inojosa, localizada em São Vicente, e o Museu Comunitário Poço Comprido, localizado na Zona Rural de Vicência. 

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