O Festival Canavial encerrou sua oitava edição com grandes shows na cidade de Buenos Aires.

O evento movimentou a cidade e fez com que a Praça da Igreja de Santo Antônio fosse tomada por duas mil pessoas vindas do município e de cidades vizinhas.

Por Jefferson Elias 16/12/2014 17:25 • Atualizado 16/12/2014
Compartilhe

destaquesiteNo último sábado (13), o Festival Canavial encerrou sua oitava edição com um grande show na cidade de Buenos Aires. O evento movimentou a cidade e fez com que a Praça da Igreja de Santo Antônio fosse tomada por duas mil pessoas vindas do município e de cidades vizinhas. A programação contou com a participação de grupos de cultura popular que mostraram os brilhos e as cores dos folguedos da região e de artistas nacionais que levaram ao palco a música rural de diferentes pontos do país.

O Caboclinho Tapuia Canindé de Goiana abriu as apresentações da noite. O público que se avolumava na Praça para apreciar a agremiação era formado por pais com seus filhos, avós com seus netos, crianças que brincavam imitando o trupé dos índios. O Maracatu Estrela de Ouro de Aliança se apresentou em seguida com o Mestre Zé Duda soltando os versos sobre sua cidade natal, Buenos Aires, e o Mestre Luiz Caboclo comandando os brincantes nas evoluções da brincadeira.

A diversidade da cultura também foi vista na Etapa Buenos Aires, com a apresentação do ator e cantador Jackson Antunes, que levou para o público a tradição mineira. No palco, dois músicos dedilhavam violas e tocavam rabecas, instrumento musical primo matuto do violino, e Antunes entoava versos, causos e modas de viola.

A interação com o público foi constante. Jackson Antunes prestou homenagem ao poeta Patativa do Assaré, recitando alguns versos e causos, e fez uma reverência a Mazzaropi e aos Nonatos, cantando o sucesso “Ponto Final”. O cantador, como gosta de ser chamado, falou sobre a importância de valorização da cultura popular. “Um evento como esse que celebra a música rural é muito importante para valorizar as identidades culturais em momentos como o que vivemos hoje. Acredito que o papel da arte é fazer o homem um ser humano melhor, fazer com que as pessoas se comuniquem melhor”, afirmou Antunes.

O Festival também deu espaço para o Caboclinho Índio Brasileiro de Buenos Aires mostrar toda sua beleza. À frente do grupo estava o Mestre Raí que comandava o folguedo. O Mestre Gaiteiro Zé Almeida, com 78 anos de idade e mais de 57 anos como gaiteiro, também foi destaque da apresentação do caboclinho.

Para encerrar o festival, Chico mostrou um repertório que fez todo mundo e dançar e cantar. Segundo Chico César, sua apresentação era uma celebração dos grandes músicos e da vida. Os sucessos “Pensar em você”, “Respeitem meus cabelos, brancos” e “Mama África” juntamente com os forrós do Mestre Luiz Gonzaga contagiou o público, que pediu bis. De fato, os mestres da cultura popular e a vida devem ser renunciados sempre.

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Mais do Giro Mata Norte