Maracatus de Baque Solto e Cavalo Marinho são diplomados Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil

Por Rafael Santos 25/05/2015 08:17 • Atualizado 25/05/2015
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IMG_1728Ato foi realizado em Nazaré da Mata, com a participação do governador Paulo Câmara

O terreiro do Maracatu Cambida Brasileiro, na zona rural de Nazaré da Mata, o mais antigo em atividade no Estado (desde 1918), foi o palco da celebração que oficializou com o título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil os maracatus de Baque Solto e Cavalo Marinho. O governador Paulo Câmara foi ao município, neste domingo (24), prestigiar o ato, que integrou a programação do 5º Encontro de Cultura Popular da Mata Norte, uma realização do programa Pernambuco Nação Cultural em 11 cidades da região.

Ícones da cultura pernambucana, as duas manifestações foram reconhecidas em dezembro passado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “É um passo importante a imaterialidade de expressões culturais tão antigas, mas tão atuais, onde as pessoas se divertem e repassam para as gerações. Os maracatus de Baque Solto e Cavalo Marinho representam a cultura de Pernambuco há muito tempo; eles precisavam desse fortalecimento”, destacou Paulo Câmara.

De acordo com o governador, os títulos concedidos pelo Iphan mostram que a cultura pernambucana é “forte”. “Nossos artistas são generosos e lutadores. O Governo continuará apoiando, para que esse legado fique para as próximas gerações. A riqueza de um Estado e a riqueza de uma nação vêm da cultura”, argumentou Paulo.

IMG_1729Com as titulações dos maracatus de Baque Solto e do Cavalo Marinho, Pernambuco se consolida como o Estado com o maior número de manifestações culturais com título de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil; são oito no total. Hoje, 36 manifestações possuem o título no País.

Para o secretário estadual de Cultura, Marcelino Granja, o número representa a força da cultura no Estado. “As políticas públicas afirmativas de apoio à cultura popular e aos elementos da nossa identidade também contribuíram para isso. Não é à toa que temos essa quantidade maior de reconhecimento nacional, até porque dentro do Governo Eduardo Campos foi feito um trabalho consistente para fazer o estudo, o inventário e o levantamento dessas expressões para solicitar ao Iphan o registro delas. Estamos colhendo os frutos de um trabalho realizado há sete anos atrás, e que o governador Paulo Câmara continua”, ressaltou.

Presidente da Associação de Maracatus do Baque Solto de Pernambuco, mestre Manoel Salustiano afirmou que a titulação é mais uma “vitória” da cultura popular. “A gente se emociona porque é mais uma vitória que a gente tem, de um povo negro e pobre, mas que é rico na cultura, doutor na sua arte. É um momento importante você ver um governador dentro de um terreiro, dentro do mato, do engenho. Então, é mais um degrau que a gente subiu”, afirmou.

No comando do Cavalo Marinho Boi Pintado, de Aliança, que contabiliza 22 anos de existência, o mestre Dinaro também reconheceu a importância do momento. “Hoje a gente está no meio do canavial e é uma alegria muito grande estarmos recebendo esse título de patrimônio. É importante para o Cavalo Marinho e para o Maracatu. É um reconhecimento muito grande”, comemorou.

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