Comércio do estado registra queda de 6,8%

Índice foiregistrado em março na comparação com o mês anterior e ficou bem
acima da média nacional que, no mesmo período,teve um recuo de 2,5%

Por Rafael Santos 14/05/2020 09:31 • Atualizado 14/05/2020
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Mesmo com as atividades do comércio considerado não essencial suspensas apenas na segunda quinzena de março, o varejo de Pernambuco sentiu de
forma intensa os impactos da pandemia do coronavírus já a partir daquele mês. As vendas caíram 6,8% no estado, recuo bem mais acentuado do que a
média do Brasil, que registrou retração de 2,5%. Na comparação com o mesmo mês de 2019, Pernambuco também teve uma queda acima da nacional, de 6,2% contra 1,2%, respectivamente.

No acumulado do ano, o estado apresentou retração de 0,2%. A única variação positiva se deu no acumulado de 12 meses, de 1,1%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE. E as perspectivas são de uma queda mais acentuada entre abril e maio.

Para o varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e material de construção, o recuo em Pernambuco também é maior
do que a média nacional, sendo de 16,9% no estado contra 13,9% no Brasil, em março. Levando em consideração o mesmo mês de 2019, a queda foi
de 9,4% em Pernambuco, enquanto no acumulado do ano o recuo foi de 1,6%. Mais uma vez, o acumulado do ano apresentou a única variação positiva, de 1,9%.

“Pernambuco tem um impacto e prejuízo grandes, sofreu muito com o fechamento do varejo e em março não foi durante o mês todo e ainda teve muita gente, principalmente do interior, que ficou no abre e fecha. Mas em
abril muita gente já não estava mais recebendo mercadoria, não estava vendendo, o impacto vai ser maior. E agora em maio, com a quarentena e a perda de uma data importante como o Dia das Mães, o impacto será ainda
maior “, afirma Eduardo Catão, presidente da Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas de Pernambuco (FCDL-PE).

Entre os 13 setores analisados, o de tecidos, vestuário e calçados foi o que sentiu o maior impacto em março quando comparado com o mesmo mês de 2019, com índice negativo de 28%. “No momento, ninguém pode sair para comprar roupa e a roupa popular, que é o que mais vende, não compra pela internet. As pessoas vão se preocupar mais em comprar alimentos”, afirma Catão. Já o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria foi o que apresentou o segundo maior recuo, de 23,8% na mesma base comparativa. Este último grupo também é o que apresenta a maior queda no acumulado do ano (14,2%) e nos últimos 12 meses (13%).

Em contrapartida, o segmento de eletrodomésticos foi o que apresentou a maior alta. Na comparação com março do ano passado, o incremento foi de 29,5%. No acumulado do ano, a alta foi de 44,4%, enquanto nos últimos
12 meses, o aumento foi de 19%. Outro setor que cresceu foi o de móveis e eletrodomésticos, com incremento de 19,8%, 33% e 11,7%, respectivamente.

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