Policiais civis de Pernambuco fazem quinta paralisação em dois meses

Por Rafael Santos 08/07/2015 12:09 • Atualizado 08/07/2015
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Protesto-Policia-CivilOs policiais civis de Pernambuco realizam uma nova paralisação de 24 horas nesta quarta-feira (8), apesar de o Tribunal de Justiça do estado (TJPE) ter determinado a suspensão do ato na terça (7). Desta vez, os serviços do Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife também foram interrompidos. Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), seis corpos já aguardam liberação no IML. As delegacias também estão paradas desde a meia-noite, registrando apenas os flagrantes.

Paralisações de advertência como esta têm sido realizadas com frequência – desde junho, foram quatro atos de 24 horas. Em todas manifestações, a categoria cobra melhores condições de trabalho e carreira do Governo do Estado. Para isso, realiza passeatas e faz atendimento apenas parcial nas delegacias. O Sinpol afirma que a decisão pela mobilização foi tomada porque o governo não cumpriu o prazo acordado

para dar respostas às queixas dos policiais em relação à estrutura do IML e das delegacias.
No início da manhã desta quarta, famílias foram surpreendidas com a decisão quando chegaram ao IML para liberar os corpos dos parentes. Policiais e representantes do sindicato também estão em frente ao prédio do IML, no bairro de Santo Amaro, área central do Recife, nesta manhã. Eles programam um ato público no local para as 9h e muitos já seguram faixas com frases como “O governo sucateia quem investiga e soluciona crimes”. Segundo o Sinpol, não haverá passeata nesta quarta, como ocorreu nas últimas paralisações.

Esta manifestação foi anunciada na última paralisação da categoria, na última quinta-feira (2). Na terça (7), no entanto, o TJPE determinou que os policiais suspendessem o ato. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria Geral do Estado (PGE-PE) e determinou uma multa de R$ 30 mil para cada dia de desrespeito à determinação. Mesmo assim, o Sinpol manteve a manifestação. O presidente do sindicato, Áureo Cisneiros, ainda informou que vai recorrer da decisão. Para ele, o movimento é legítimo porque os policiais são submetidos a péssimas condições de trabalho nas delegacias e nos outros órgãos.
Reivindicações

A categoria reivindica isonomia da gratificação do risco de vida policial, revisão do plano de cargos e carreiras, inclusão dos peritos papiloscopistas no quadro técnico policial e convocação de aprovados remanescentes no último concurso público para a Polícia Civil. Os policiais também se negam a participar do Programa de Jornada Extra da Segurança (PJES). Para o presidente do Sinpol, Áureo Cysneiros, o PJES é uma forma de hora extra que não é paga adequadamente e é realizada para suprir deficiência no efetivo.

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