
A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) segue empenhada na retomada completa das vazões do Sistema Integrado Siriji (Murupé), que abastece diversas cidades da região. Desde a última segunda-feira (28 de abril), equipes da Companhia atuam para restabelecer o pleno funcionamento do sistema, e a maior parte das localidades já apresenta normalização no abastecimento, com as vazões de saída da Estação de Tratamento de Água (ETA) e do Reservatório de Água Potável (RAP) alcançando 240 litros por segundo.
No entanto, o município de Condado ainda enfrenta dificuldades, operando com apenas 30% a 40% da sua vazão normal. A Compesa trabalha com a hipótese de um bolsão de ar na tubulação como o principal obstáculo para a chegada da água em níveis adequados à cidade. A constatação de extravasamento de água no RAP reforça essa teoria de bloqueio hidráulico no trecho final do sistema, que possui mais de 150 km de extensão.
A Companhia explica que sistemas extensos como o Siriji naturalmente apresentam um tempo maior para a estabilização completa, especialmente nas extremidades da rede e em áreas de maior altitude.
Para solucionar o problema em Condado, a Compesa intensificou as ações de abertura de ventosas e descargas ao longo da tubulação. Caso essas medidas não surtam o efeito esperado ainda hoje, a Companhia informa que será necessário adotar uma medida temporária: a redução das vazões do sistema. Essa ação permitirá uma nova intervenção nas ventosas e descargas, seguida de um novo enchimento do trecho por gravidade.
Diante dessa possibilidade, a Compesa alerta que essa redução temporária poderá impactar o abastecimento nos municípios de Vicência, Buenos Aires, Aliança, Itaquitinga e Condado, com possível queda de vazão ao longo do dia de hoje.