Diante da onda de assaltos e outros crimes na zona rural e nos acessos aos canaviais, produtores de cana e a Política Militar decidiram criar um grupo integrado de inteligência para coibir a insegurança e reduzir a criminalidade nesta região. O subcomandante da PM, Adalberto Freitas, autorizou nesta segunda-feira (18), em Goiana, a criação de um grupo no WhatsApp, formado por canavieiros e comandantes em companhias da PM na Zona da Mata do Estado. A iniciativa foi encaminhada durante reunião entre militares e associados e dirigentes da Associação dos Fornecedores de Cana (AFCP) e do Sindicato dos Cultivadores de Cana (Sindicape). A estratégia servirá como base de informações para indicar à polícia os locais comuns de crimes, os criminosos e outras questões.
Este grupo integrado de inteligência tem a participação do comandante da 3ª Companhia Independente da PM (em Goiana), major Evangelista. E também do tenente coronel Lamenha, comandante do 2º Batalhão de PM em Nazaré da Mata. “Eles, ouviram muitas queixas dos agricultores durante a reunião à pedido do Sindicape e da AFCP”, conta Alexandre Andrade Lima, presidente da AFCP, que lidera o grupo junto com a PM. O comandante do Cipoma, major Edvaldo Cézar, também participou da reunião e ouviu mais reclamações.
No geral, os canavieiros se queixaram da alta criminalidade diante da então impunidade nas áreas rurais, locais onde moram e trabalham e que ficam mais expostos à violência com o menor efetivo policial. Se nas áreas urbanas, que são mais povoadas, a criminalidade cresce, imagina no interior? Esse questionamento foi generalizado na reunião. A polícia precisa atuar e acabar com essa sensação de impunidade. Foi então que surgiu a necessidade de se criar o grupo integrado de inteligência com a PM via WhatsApp. “A ação busca potencializar a participação ativa do produtor rural e visa favorecer uma ação ágil da PM para buscar coibir a violência e baixar a criminalidade na região”, espera Lima.