Colégio Municipal Dom Mota, em Nazaré da Mata, realiza celebração alusiva ao dia da Consciência Negra

Por Rafael Santos 30/11/2021 00:02 • Atualizado 30/11/2021
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Foi realizado, no dia 24 de novembro de 2021 o evento nomeado “Mãe África, Pai Brasil. Negritude, Cultura e Resistência” realizado pelo Colégio Municipal Dom Mota, em Nazaré da Mata. A celebração teve início às 8:30 da manhã e contou com a presença dos alunos dos anos finais da escola.

Durante a manhã foram realizadas palestras, atividades culturais, desfile de moda Afro, apresentação teatral e entrega de certificados de participação para os componentes da mesa, os quais estavam divididos em convidados, professores, graduandos da Faculdade Santíssima Trindade (FAST) e da Universidade de Pernambuco (UPE) e jurados (entre eles, alguns ex-alunos).

Foram componentes convidados à mesa: Professora Priscila Antonio, Mestre Bi, Valmir do Coco, Mestre André de Lica e o Mestre de Maracatú Ednaldo Tavares, os quais trouxeram para o público presente um pouco de suas experiências, pensamentos, carreira e até alguns detalhes das dificuldades encontradas no caminho as quais foram sendo superadas com muita força e determinação, como conta a professora Priscila Antônio em entrevista dada a equipe: “A população negra no Brasil passou, passa e enfrenta muitas dificuldades e faz-se necessário e urgente que a nós enquanto sociedade atue efetivamente para o fortalecimento de uma educação antirracista quanto no combate ao racismo.”

Para o desfile de moda Afro, foram designados jurados os componentes da mesa: Afonso Henrique, Suely Jorge, Ricardo Felipe, Pedro Henrique, Patrícia e Liparli, e teve como modelos os próprios alunos da escola. Diante critérios rigorosos de avaliação, foram escolhidos respectivos Miss e Mister 2021.

Já no teatro, foi encenada a história da última pessoa condenada a morte no Brasil. A peça narra a história da mulher escravizada, Ana Rosa que, numa tentativa de fuga das diversas investidas de seu dono, o envenena.

A viúva então clama pela morte da escrava que após ser presa pela polícia foi enforcada em praça pública na cidade de Nazaré da Mata. Em memória desse fato foi erguida uma praça no seu nome com uma estátua sua com a força no pescoço em sua representação no Bairro do Juá. E segundo a historiografia, até hoje não se sabe quem eram os proprietários de Ana Rosa.

Ao final do primeiro dia de evento, a equipe equipe conversou com o vice-diretor do colégio, Emerson Carlos, que define o evento como uma mensagem para o povo nazareno por mais valorização, inclusão e respeito ao povo negro o qual sua contribuição foi de suma importância para a construção do País.

A celebração continua no dia seguinte e segue a mesma programação do dia 24.

Por Íggor Cazumbá

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