
O delegado, Bruno Bezerra, títular da 45ª DP, detalhou o andamento das investigações sobre o caso de abuso sexual de vulnerável, praticado por um homem contra sua enteada, ocorrido, em Carpina. Segundo ele, as diligências foram realizadas de forma “bem concatenada”, com destaque para a oitiva especializada da vítima, uma criança, que ocorreu na Gerência de Polícia da Criança e do Adolescente (GPCA), em Recife. O acusado foi preso, na última sexta (18), através de mandado de prisão.
O delegado enfatizou a importância desse depoimento, conduzido por profissionais especializados, que se diferencia significativamente da oitiva de um adulto. Ele relata que os “dizeres estarrecedores” da vítima foram cruciais para robustecer a investigação e embasar o pedido de mandado de prisão, o qual foi deferido pelo judiciário.
Questionado sobre o teor do depoimento da criança, o delegado revelou detalhes chocantes dos abusos sofridos. A vítima relatou introdução de dedo nos ânus e na vagina, além de mencionar o suspeito “cheirando o pipiu”, o que o delegado interpreta como um contexto sexual, possivelmente não se tratando de um simples ato de cheirar. A criança também descreveu ter sido forçada a masturbar o agressor.
O delegado ressaltou que esses relatos, apresentados de forma consistente e robusta durante a oitiva especializada, foram determinantes para o convencimento da prática do crime de estupro de vulnerável.
Em relação à possível aplicação da Lei Maria da Penha, o delegado confirma que o investigado também será indiciado pelos crimes praticados contra a mãe da vítima, sua ex-companheira. Ele citou a possibilidade de crimes como ameaça e stalking, além de outros delitos previstos na Lei Maria da Penha, considerando o contexto de violência doméstica e a vulnerabilidade da vítima, uma criança do sexo feminino que residia no mesmo ambiente do agressor.
Sobre o depoimento do acusado, o delegado informa que ele nega as acusações, tanto em relação ao abuso sexual da criança quanto aos crimes contra a ex-companheira. Ele alega inocência em ambos os casos.
As investigações prosseguem para completa elucidação dos fatos e responsabilização do acusado pelos crimes cometidos.