Trajetória do novo grupo de renovação política para Timbaúba

Por Rafael Santos 13/02/2016 07:59 • Atualizado 13/02/2016
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IMG_0875O movimento destoante contra a atual gestão pública do município de Timbaúba, iniciado pelos vereadores Ulisses Felinto Filho (PSDB), Severino Gomes da Silva (Tiba) no início de 2013, denotava que o “castelo de sonhos” criado pelo então prefeito reeleito, Marinaldo Rosendo (PSB), era um sonho que se sonhava só. No início, a discordância dos dois vereadores lhes custou algumas perdas impetradas pela insatisfação do então prefeito. Tiba, por exemplo, foi expulso do PSB, partido que, em 1990, junto ao saudoso Miguel Arraes de Alencar, ajudou a difundir em Pernambuco. Sendo, desde então, o presidente do diretório de Timbaúba.

Ele, Ulisses passaram a fazer um programa de rádio que, com o apoio da população, foi desvendando as falhas administrativas e o descaso com que a população do município vem sendo tratada. Em pouco tempo, a “máscara” do gestor caiu. As mentiras foram se evidenciando e outras lideranças entendendo que os três vereadores desgarrados tinham sofrido na pele e percebido mais cedo, as consequências do que estava verdadeiramente acontecendo com Timbaúba. A resposta dessa percepção aconteceu já na eleição passada, quando Marinaldo Rosendo, não conseguiu para si, a votação de deputado federal que repassara para Ana Arraes, em 2010.

Dai em diante foi só aperto, mais descaso e acúmulos de ações administrativas que não deixaram a máquina pública funcionar em favor do povo. O advento da crise política nacional agravou ainda mais essa situação. Vieram os cortes de repasses federais e, com isso, o município praticamente parou. Até mesmo o setor de Educação, que era a “menina dos olhos” do ex-prefeito, entrou em colapso. A Prefeitura cortou o transporte escolar para os universitários chegando a cobrar uma taxa de R$ 100,00 (cem reais) para quem quisesse usufruir do transporte. O apoio à saúde foi resumido ao extremo e, para piorar, veio à proliferação de novas doenças virais causadas pelo Aedes aegypti. Para completar, desde o mês de setembro do ano passado, a atual gestão não conseguiu mais colocar os salários dos servidores em dia. O caos se estabeleceu ao ponto do Ministério Público vetar investimentos para a realização de uma das mais tradicionais festas do município, o Carnaval.

A população então entendeu perfeitamente que o prenunciado por Ulisses, Tiba e Jacinto estava por se cumprir. Nesse período, outros vereadores e lideranças locais engrossaram as fileiras da oposição ao descaso, como é chamado o novo grupo político que está se formando no município. O vereador Zé da Rua, Jurandir do Calçamento e o atual presidente da Câmara, Josinaldo Barbosa, além dos ex-vereadores Givanildo Muniz e Gedson Marcos estão nessa frente, entre muitos outros que aderiram ao grupo. O vereador Ulisses Felinto aparece como o pré-candidato natural a prefeito de Timbaúba nas eleições desse ano.

Ele é o nome de consenso do grupo, goza de uma grande simpatia das camadas populares e adquiriu o respeito da sociedade, como um todo, por conta de suas atitudes e posições, sempre sérias e respeitosas. No ano passado, ele filiou-se ao PSDB do deputado Antônio Moraes que faz a intermediação do grupo com o ex-prefeito Bartolomeu Ferreira Lima. Também no ano passado, Ulisses assinou uma parceria com Flávio Moura, genro do ex-prefeito Gilson Muniz, para tornar público, através da Rádio Princesa 1000, os descasos da atual gestão e apresentar à população, as propostas da nova frente política do município. Recentemente, Ulisses realizou o tradicional bloco carnavalesco ”Imperial na Folia” e arrastou cerca de 10 mil foliões, que se vestiram de azul para demonstrar o seu apoio ao mesmo.

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