Paulo Câmara assina carta de governadores em apoio a Dilma

Por Andrison Freire 09/12/2015 12:04 • Atualizado 09/12/2015
Compartilhe

image

O nome do governador Paulo Câmara, do PSB, foi citado nesta terça-feira como tendo assinado uma carta defendendo a presidente Dilma, ao lado de governadores de 14 Estados e do Distrito Federal

O governador já avisou que não terá agenda pública nesta quarta-feira no Recife. Nesta terça-feira, oficialmente o governador do Estado havia ido ao encontro de Dilma para apresentar o combate ao mosquito da Dengue no Estado, mas na prática o encontro havia sido articulado pelo governador do Rio, Pezão, para dar apoio a petista.

Em cima do muro, nesta quinta, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, alterou a data da reunião extraordinária da Comissão Executiva Nacional para a quinta-feira (17). No encontro, será discutida a posição do partido sobre o processo deimpeachment da presidente Dilma Rousseff. A reunião estava marcada para segunda e foi adiada para quarta. Hoje, sofreu novo adiamento.

No sábado, no mesmo dia que Dilma fotografava ao lado de Paulo Câmara no Recife, no Exército, o advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos e pré-candidato a prefeito de Olinda, em 2016, aproveitou a passagem dela pela cidade para divulgar uma carta que enviou ao comando nacional do PSB defendendo oImpeachment já!.

Confira a carta na íntegra:

Os governadores estaduais vêm, por meio desta nota, manifestar-se contrariamente ao acolhimento do pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidenta da República.

A história brasileira ressente-se das diversas rupturas autoritárias e golpes de estado que impediram a consolidação da nossa democracia de forma mais duradoura. Tanto é assim que este é o período mais longo de normalidade institucional de nossa história, conquistado após a luta de amplos setores da sociedade. Nesse sentido, é dever de todos zelar pelo respeito à Constituição e ao Estado Democrático de Direito.

Entendemos que o mecanismo de impeachment, previsto no nosso ordenamento jurídico, é um recurso de extrema gravidade que só deve ser empregado quando houver comprovação clara e inquestionável de atos praticados dolosamente pelo chefe de governo que atentem contra a Constituição.

O processo de impeachment, aberto na última quarta-feira, 02/12, carece desta fundamentação. Não está configurado qualquer ato da Presidenta da República que possa ser tipificado como crime de responsabilidade.

Compreendemos as dificuldades pelas quais o país atravessa e lutamos para superá-las. Todavia, acreditamos que as saídas para a crise não podem passar ao largo das nossas instituições e do respeito à legalidade. Por isso, ciosos do nosso papel institucional, conclamamos o país ao diálogo e à construção conjunta de alternativas para que o Brasil possa retomar o crescimento econômico com distribuição de renda.

Brasília, 8 de dezembro de 2015

Distrito Federal: Rodrigo Rollemberg (PSB)
Estado do Acre: Tião Viana (PT)
Estado das Alagoas: Renan Calheiros Filho (PMDB)
Estado do Amapá: Waldez Góes (PDT)
Estado da Bahia: Rui Costa (PT)
Estado do Ceará: Camilo Santana (PT)
Estado do Maranhão: Flávio Dino (PCdoB)
Estado das Minas Gerais: Fernando Pimentel (PT)
Estado da Paraíba: Ricardo Vieira Coutinho (PSB)
Estado de Pernambuco: Paulo Câmara (PSB)
Estado do Piauí: Wellington Dias (PT)
Estado do Rio Grande do Norte: Robinson Faria (PSD)
Estado do Rio de Janeiro: Luiz Fernando Pezão (PMDB)
Estado de Roraima: Suely Campos (PP)
Estado de Santa Catarina: Raimundo Colombo (PSD)
Estado do Sergipe: Jackson Barreto (PMDB).

 

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Mais do Giro Mata Norte