O pedido de inclusão das costureiras do Polo de Confecções do Agreste no programa Chapéu de Palha pautou pronunciamentos na Reunião Plenária desta quarta (6). A iniciativa do Governo do Estado oferece apoio financeiro a trabalhadores rurais e pescadores que têm a renda impactada pela sazonalidade das atividades que exercem. As deputadas Dani Portela (PSOL) e Rosa Amorim (PT) foram à tribuna reforçar o apelo à governadora Raquel Lyra, que será formalizado por elas em conjunto com João Paulo (PT) e Doriel Barros (PT).
De acordo com a psolista, as costureiras atendem aos requisitos do programa, já que enfrentam períodos de queda brusca de demanda e renda semelhantes às entressafras. Além disso, segundo a parlamentar, a maioria delas atua em condições precárias, sem a garantia de direitos trabalhistas e com baixa remuneração. “Por isso, a gente vem aqui ampliar as vozes delas e fazer esse apelo à governadora do Estado: pense em uma política pública para construir trabalho e renda para essas mulheres com dignidade e respeito”, enfatizou.
Rosa Amorim reforçou o pedido e ressaltou que é preciso regularizar o trabalho das costureiras não apenas em Pernambuco, mas em nível federal. “A falta de direitos beira à escravidão. Se essas mulheres adoecem ou deixam de produzir por qualquer motivo, elas deixam de receber”, apontou. A deputada cobrou das instâncias governamentais a fiscalização das condições de trabalho, a criação de leis trabalhistas e de programas de renda básica e de atenção à saúde das costureiras.