Notícia da Veja sobre construção do Presídio de Itaquitinga é mais uma vez alvo de debates

Por Rafael Santos 20/10/2015 08:33 • Atualizado 20/10/2015
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10-19-plenaria-rs-10Durante a Reunião Plenária desta segunda (19), o deputado Edilson Silva (PSOL) voltou a comentar reportagem publicada pelo site da revista Veja, tratando de suposta reunião em que o Governo do Estado teria buscado a empreiteira Odebrecht para custear, secretamente, a conclusão do Presídio de Itaquitinga. Em resposta, o líder do Governo, Waldemar Borges (PSB), criticou a tentativa de “espetacularizar” a questão e afirmou que a gravação citada na denúncia apenas indica um interesse da gestão Eduardo Campos de garantir, à época, a conclusão da obra, após o abandono pela empresa responsável, a Advance Construções e Participações LTDA, em 2012.

Segundo a reportagem do site da revista Veja, que é baseada numa transcrição do encontro, a construtora Odebrecht – encarregada de grandes contratos de obras públicas estaduais – teria negociado com o Estado o custeio do projeto, por meio da DAG Engenharia. A empresa chegou a assumir a Parceria Público-Privada (PPP) em 2013, mas abandonou a obra em 2014.

Edilson Silva se colocou à disposição do líder da Oposição, Sílvio Costa Filho (PTB), para ir à Bahia apurar os detalhes, visto que as informações foram transcritas em documento produzido pelo tabelionato do Quinto Ofício de Notas de Salvador. O parlamentar do PSOL também cobrou um posicionamento oficial da gestão pernambucana.

“A transcrição dessas supostas gravações dão conta da participação de membros do Governo do Estado num encontro, em 2013, fazendo acertos com a empresa Odebrecht. Temos uma situação que exige, no mínimo, um esclarecimento público da parte da gestão. Não vamos permitir que isso passe como algo natural e que caia no esquecimento”, disse.

10-19-plenaria-rs-24Para o líder do Governo, Waldemar Borges, a Oposição estaria tentando dar publicidade a uma notícia já conhecida. “Essa gravação não quer dizer absolutamente nada, a não ser a tentativa do Governo de viabilizar a obra, em função do fracasso da empresa anteriormente responsável”, sustentou.

De acordo com o socialista, a gestão pernambucana tentou de várias formas encontrar soluções, após o abandono pela Advance, “mas isso não foi possível, pois o Banco do Nordeste (BNB) não concordou em repassar a construção para a DAG”. Segundo ele, a notícia foi divulgada em virtude de a primeira empreiteira estar sendo questionada na Justiça e visa reponsabilizar o Governo do Estado pela falta de acordo para conclusão do projeto.

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