Governador quer construir presídio de segurança máxima em Pernambuco

Por Andrison Freire 21/10/2015 12:00 • Atualizado 21/10/2015
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paulo camara

Há dez meses no posto de governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) apontou nesta terça-feira o que ele considera os principais gargalos enfrentados por sua gestão. A situação dos presídios pernambucanos, classificada pela Human Rights Watch(HRW) como calamitosa, foi incluída. “Eu vou listar quatro desafios grandes que estamos enfrentando: a questão da saúde, segurança, água e sistema prisional”, disse durante entrevista à rádio CBN.

O governador aposta na construção de um presídio de segurança máxima no Estado. O projeto, porém, não tem data para sair do papel e nem a cidade escolhida para receber a unidade. “Vamos buscar recursos para fazer uma unidade que possa receber presos de alta periculosidade. Não é um projeto barato. Estamos buscando verba federal, mas a gente tem que atuar no sentido de que se não houver essa verba a gente vai realizar. Agora não tenho condições nenhuma de iniciar uma obra desse porte, mas espero ter condição ainda no nosso governo”, declarou.

Uma alternativa mais urgente para o governo estadual é a conclusão das unidades de Tacaimbó, ainda este ano, e de Araçoiaba, com prazo de dois anos, para reduzir em parte a superlotação verificada nas penitenciárias pernambucanas. A conclusão do presídio de Itaquitinga, cujas obras estão paradas, também está na mira do governo.

No total, pelas contas do governo, cerca de cinco mil vagas serão criadas com essas unidades, sendo 800 em Tacaimbó, duas mil em Araçoiaba e duas mil em Itaquitinga. “Vamos concluir o que está em andamento. A gente tem interesse, se conseguirmos uma equação financeira legal, de terminar dois pavilhões que foram feitos pela iniciaitiva privada em Itaquitinga. O Estado assumiria eles”, garantiu.

Para o governador, a parceria com o Poder Judiciário e o Ministério de Público de Pernambuco também pode ajudar a diminuir o atual número de detentos em Pernambuco. “Vamos fazer com que os presos que estão em regime provisório e não foram devidamente julgados tenham julgamentos mais céleres. Só ficar preso quem tenha a culpa de estar ali em regime fechado”, declarou.

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