Deputados estaduais mal foram eleitos e já estão pensando em disputar a eleição de 2016

Por Rafael Santos 06/07/2015 11:24 • Atualizado 06/07/2015
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Eles foram eleitos em 2014 para um mandato de quatro anos. Mas com menos de um ano de atuação, 19 dos 49 deputados estaduais pernambucanos já estão trabalhando para participar da disputa para prefeito na eleição de 2016. Se serão bem-sucedidos, só as urnas poderão responder. Por enquanto, a maioria das articulações está acontecendo sem alarde. Na roda de conversas da Assembleia Legislativa, no entanto, o burburinho eleitoral é intenso. O momento é de buscar aliados, fazer as contas, intensificar visitas às bases e começar a traçar o esboço do programa de governo para apresentar ao eleitor na campanha.

Mas o que leva um parlamentar a trocar temporiamente a atuação no  Legislativo para galgar um mandato no Poder Executivo? Segundo o doutor em ciência política Juliano Domingues, enquanto que no Legislativo a visibilidade do parlamentar tende a ser diluída com os demais integrantes da Assembleia Legislativa, o Executivo permite uma maior visibilidade ao político, já que apenas um indivíduo pode desempenhar a função de prefeito.

Por outro lado, os deputados que pleiteiam uma disputa majoritária levam certa vantagem sobre os demais candidatos. Isso porque se perderem a eleição para prefeito, os derrotados poderão voltar à Assembleia Legislativa sem nenhum prejuízo político nem financeiro, uma vez que o mandato de deputado continua preservado.

Para corrigir essa distorção política, Juliano Domingues ressalta ser preciso uma legislação mais dura para inibir essa prática. “Entretanto, a princípio, isso não seria necessário, já que o próprio eleitor pode punir o político, caso entenda como merecido. É só o eleitor não votar novamente no parlamentar que não termina seu mandato”, orientou.

De acordo com Domingues, o sistema eleitoral brasileiro tende a, historicamente, a centralizar o poder no Executivo se comparado ao Legislativo, nos planos municipal, estadual ou federal. “Prefeitos, governadores e presidentes da República, possuem, em tese, mais autonomia para a ação política, sobretudo, em relação à distribuição de recursos”, analisou Juliano Domingues.

Conheça os deputados cotados para disputar a eleição de prefeito em 2016

Ângelo Ferreira (PSB) – Sertânia
Augusto César (PTB) – Serra Talhada
Beto Acioli (Solidariedade) – Camaragibe
Cleiton Collins (PP) – Jaboatão dos Guararapes
Eduino Brito (PHS) – Arcoverde
Edilson Silva (PSol) – Recife
Júlio Cavalcanti (PTB) – Arcoverde
Lula Cabral (PSB) – Cabo de Santo Agostinho
Lucas Ramos (PSB)- Petrolina
Miguel Coelho (PSB) – Petrolina
Odacy Amorim (PT) – Petrolina
Ricardo Costa (PMDB) – Olinda
Raquel Lira (PSB) – Caruaru
Rodrigo Novaes (PSD) – Floresta
Tony Gel (PMDB) – Caruaru
Silvio Costa filho (PTB) – Recife
Socorro Pimentel (PSL) – Araripina
Teresa Leitão (PT) – Olinda
Waldemar Borges (PSB) – Gravatá

Do Diário de Pernambuco

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