Delegada Gleide apresenta projeto pela prevenção a brincadeiras e trotes escolares 

Medida busca promover a redução dos casos de agressão dentro do ambiente escolar.

Por Rafael Santos 07/03/2022 14:21 • Atualizado 07/03/2022
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A facilidade das redes sociais naturalizou a disseminação de casos de brincadeiras que terminam em agressões graves praticadas por alunos dentro do ambiente escolar, sejam eles da rede pública ou privada. Diante da gravidade das ocorrências, a Delegada Gleide Ângelo apresentou o projeto de lei N. 3116/2022, que determina a criação da Política de Conscientização Sobre Brincadeiras de Potencial Lesão Ofensiva Física e o Trote Escolar na Rede Pública e Privada de Ensino do Estado de Pernambuco, que tem como finalidade reduzir as ocorrências de lesões corporais ou até mesmo óbitos em decorrência destas brincadeiras escolares passíveis de riscos à integridade física e mental dos envolvidos.

Desta maneira, o projeto visa desconstruir a prática de trotes ou ações semelhantes que possam causar lesões permanentes, risco de vida, perda de sentido, aborto, perda de algum membro ou sentido ou até mesmo a morte entre os participantes. “Infelizmente, são cada vez mais comuns fotos ou até mesmo vídeos de agressões severas normalizadas como brincadeiras entre os estudantes. São verdadeiras humilhações, especialmente perversas quando têm entre seus alvos as mulheres e os estudantes negros. É nosso papel denunciar quem comete violência e defender as vítimas, como também agir pela promoção de uma verdadeira cultura de paz”, comenta a parlamentar. 

Assim, para estimular o desenvolvimento de uma cultura de paz no ambiente escolar, a proposta da Delegada também determina que sejam realizados debates e outras ações sobre os riscos das brincadeiras violentas e trotes escolares, que promovam a reflexão e a conscientização a respeito deste tipo de comportamento, bem como suas implicações éticas, morais e legais, além do estímulo a campanhas educativas, informativas e de conscientização ao longo de todo o ano letivo. “Medidas como essa podem contribuir para o enfrentamento da violência no ambiente escolar, bem como o combate ao bullying, assédio, trotes e outros tipos de brincadeiras semelhantes. Precisamos desenvolver em nossos estudantes, especialmente as crianças e adolescentes, o discernimento social e emocional para rejeitarem qualquer tipo de violência, bem como valorizar um ambiente de paz, respeito e liberdade”, conclui. 

Há poucas semanas, circulou em diversas redes sociais um vídeo que mostra dois adolescentes, um deles vestido com uma farda da rede estadual de ensino, ‘brincando’ numa luta de boxe. O rapaz é atingido na cabeça pelo outro estudante e cai no chão, batendo a cabeça no meio-fio; outros alunos  tentam ajudá-lo. Em junho do ano passado, um estudante de 17 anos morreu após ser agredido por outro aluno, de 15 anos, dentro de uma escola pública de referência, em Jaboatão dos Guararapes. Os jovens trocam socos e pontapés, quando a vítima cai no chão e perde os sentidos. O adolescente ainda foi socorrido para uma Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu.  

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