
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/Decor), deflagrou na manhã desta quinta-feira (02/10/2025) a 3ª fase da Operação Reação em Cadeia, que investiga um esquema de fraudes em concursos públicos, com foco principal no certame da Polícia Penal do Distrito Federal.
A operação contou com o apoio da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), do Ministério Público do Distrito Federal e da Diretoria de Inteligência Penitenciária (DIP/SEAPE-DF).
Detalhes da Ação
Ao todo, a força-tarefa cumpriu 06 mandados de prisão preventiva e 07 mandados de busca e apreensão.
- No Distrito Federal, foram cumpridas uma prisão e duas buscas. Os investigados envolvidos no DF já haviam tomado posse em cargos públicos estratégicos.
- Os demais mandados foram cumpridos na cidade de Recife e Região Metropolitana por policiais da PCDF em conjunto com a PCPE, demonstrando a capilaridade da organização criminosa.
Esta 3ª fase é um desdobramento das análises de provas e documentos arrecadados durante a segunda fase da operação, deflagrada em dezembro de 2023.
Histórico da Investigação
As diligências da “Operação Reação em Cadeia” foram iniciadas ainda durante o andamento do concurso, após a Secretaria de Administração Penitenciária do DF (SEAPE/DF) repassar informações de que candidatos teriam burlado a isonomia do certame para obter aprovação indevida.
A PCDF tem um histórico sistemático de combate a essa modalidade de crime. Investigações anteriores, como as Operações Panoptes e Magister, identificaram fraudes em concursos de órgãos de alto escalão, como:
- Superior Tribunal de Justiça (STJ)
- Corpo de Bombeiros Militar do DF
- Secretaria de Educação e de Saúde do DF
- ANTAQ
- Ministério Público da União (MPU)
Punibilidade
Somente nesta Operação Reação em Cadeia, 37 envolvidos foram indiciados. Mais de 100 pessoas já foram indiciadas no bojo de toda a série de investigações desde 2015.
Os investigados podem responder cumulativamente pelos crimes de fraude a certame de interesse público, organização criminosa e falsificação de documento público, com penas que, somadas, podem atingir 20 anos de prisão.