Na reta final da campanha, os debates na televisão trouxeram um forte ingrediente, um ganho adicional ao candidato do União Brasil a governador de Pernambuco, Miguel Coelho. Quem ainda não o conhecia, principalmente na Região Metropolitana do Recife, não se cansa de elogiar, nos mais diversos segmentos formadores de opinião, o seu preparo, conhecimento amplo e profundo dos problemas do Estado, tirocínio político e administrativo.
Dentre todos os postulantes ao Palácio do Campo das Princesas, Miguel era, até então, o mais desconhecido da população da Região Metropolitana, onde se concentra metade dos eleitores do Estado. É fato que desde o início da campanha seus números nas pesquisas chamavam a atenção, porque eram sempre mantidos de forma sólida e a partir de um determinado momento em curvas ascendentes.
Nos últimos dez dias, estão cada vez mais crescentes e agora, faltando dois dias para as eleições, desponta com consistência para chegar ao segundo turno com Marília Arraes, candidata do Solidariedade, líder absoluta em todos os institutos de pesquisas. Miguel é, sem dúvida, um dos mais preparados dos novos quadros da política pernambucana, com imagem consolidada de gestor por excelência.
Pernambuco precisa, neste momento em que atravessa grandes dificuldades, afundado pelo desastroso Governo de Paulo Câmara, de alguém que tenha bagagem, experiência em gestão pública, capaz de alavancar a sua economia, reduzir seus contrastes sociais e voltar a crescer. Petrolina, cuja gestão é quase uma unanimidade, virou vitrine, modelo do que deu certo num Nordeste de raras revelações na seara administrativa.
Essa compreensão parece ter contaminado também o eleitorado indeciso, acendido uma luz no final do túnel para aqueles que ainda não haviam enxergado o caminho natural para o Estado trilhar os mesmos caminhos do desenvolvimento do Ceará e da Bahia, Estados que, bem governados, estão dando certo, deixando os pernambucanos com inveja, mas uma inveja saudável.