Educação Ambiental como ferramenta de construção social é projeto da Delegada Gleide Ângelo

Deputada apresenta proposta com novas diretrizes para a educação ambiental escolar

Por Rafael Santos 31/05/2021 10:04 • Atualizado 31/05/2021
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A primeira semana de junho é marcada no calendário internacional pela Semana Mundial do Meio Ambiente, onde são discutidas e implementadas ações e políticas que procuram promover a conscientização ambiental numa escala global. Buscando contribuir para a discussão, a Delegada Gleide Ângelo apresentou o projeto de lei Nº 2189, que estabelece novas diretrizes para o ensino ambiental formal, ou seja, aquele direcionado às instituições de ensino de todo o estado.

A educação ambiental pode ser compreendida sob dois parâmetros: a não-formal e a formal. A primeira está profundamente relacionada às vivências e aos saberes populares, sendo exercida na pluralidade dos espaços sociais. Já a última refere-se ao processo educativo institucionalizado, envolvendo os diferentes níveis e modalidades de ensino.

Assim, a educação ambiental formal perpassa pela interdisciplinaridade do processo educativo escolar, assegurando a participação do aluno e o seu envolvimento para a ação e a solução de problemas ambientais, além de promover sua integração junto à comunidade. Diante da importância e do potencial de alcance, a educação ambiental formal se apresenta como um potente instrumento de transformação social em favor de uma cultura de consumo sustentável e de valorização das comunidades e povos tradicionais.

Por isso, a proposta da Delegada estabelece que o Estado deverá criar e promover uma série de ações que viabilizem a afirmação da consciência ambiental a partir da sensibilização dos estudantes pernambucanos. São exemplos de algumas medidas possíveis: o incentivo ao consumo de alimentos e produtos orgânicos e agroecológicos; o uso consciente da água, da energia e de outros recursos naturais, renováveis e não renováveis; a redução da produção e do acúmulo de resíduos sólidos; além do respeito e valorização da história, da memória e da cultura no ambiente local, com o objetivo de fortalecer identidades, eliminando preconceitos e desigualdades, inclusive, a desigualdade de gênero.

“A educação ambiental nas escolas, seus desafios e dimensões, precisam ser debatidos junto ao cotidiano das pessoas, facilitando a compreensão de todos sobre a importância do assunto. As pessoas hoje em dia ouvem muito falar sobre o meio ambiente, mas não sabem atuar para minimizar ou resolver os problemas relacionados a sua conservação. Há uma grande diferença entre falar sobre e fazer a educação ambiental. Este fazer envolve mudanças de valores e de atitudes de todos: crianças, jovens e adultos. Por isso, a escola é fundamental para o ensino dessa nova cultura que vai resultar numa mudança de atitudes a partir das crianças. Agimos no hoje, mas os resultados se darão a longo prazo, no amanhã”, explica a parlamentar.

PAQUISTÃO – A Semana Mundial do Meio Ambiente se encerra no dia 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi instituída pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), em dezembro de 1972, durante a conferência de Estocolmo, na Suécia. Seu objetivo está em conscientizar as populações ao redor do mundo a respeito da importância em se proteger os recursos naturais e para que os povos adquiram uma postura consciente sobre a preservação do planeta. Este ano, a ONU confirmou que o Dia Mundial do Meio Ambiente será sediado no Paquistão, na Ásia, com o tema Restauração de Ecossistemas e a Urgência de Todos Fazerem as Pazes com a Natureza.

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