Alepe fecha semana de homenagens ao Dia Internacional da Mulher

Uma grande estrutura de serviços foi montada nas dependências do Legislativo, em parceria com outras instituições, para oferecer gratuitamente, vários serviços médicos e de retirada de documentos, atividades culturais, palestras e mini cursos profissionalizantes

Por Rafael Santos 15/03/2023 17:40 • Atualizado 15/03/2023
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A Assembleia Legislativa de Pernambuco encerrou nesta quarta-feira (15) o “Alepe Mulher”, uma semana de atividades e serviços gratuitos voltados para as funcionárias da Casa em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado no último dia oito. Em solenidade no auditório Sérgio Guerra, vários depoimentos ressaltaram a importância da data e da iniciativa da nova gestão da Assembleia.

O presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, ressaltou que “o trabalho de estímulo à saúde preventiva, ao autocuidado, à formação e ao conhecimento de todos os servidores será constante e fará parte das atividades da Casa”. Durante uma semana, a Alepe ofereceu, gratuitamente, vários serviços médicos e de retirada de documentos, atividades culturais, palestras e mini cursos profissionalizantes.

Uma grande estrutura de serviços foi montada nas dependências da Alepe em parceria com instituições como Fundação Altino Ventura, Instituto Alcides Teixeira, Amigo do Peito, Secretaria Municipal de Saúde do Recife, Clínica Sinergia, ITB, Senac e Marques Consult. A Superintendência de Saúde e Medicina Ocupacional, sob o comando de Wilde Ferreira, integrou as demais superintendências da Casa na programação e realização do evento.

No total, foram contabilizados nada menos que 2.780 atendimentos médicos, entre consultas e exames, e mais de 90 contemplados nos demais serviços. Além das palestras sobre defesa dos direitos da mulher, feminicídio, alimentação saudável no ambiente de trabalho, entre outras.

“Quando assumimos, em fevereiro, afirmamos que os servidores e servidoras seriam o motor da Casa e, por isso, merecedores do nosso reconhecimento, respeito e cuidado. Não por acaso a programação cumprida ao longo da semana confirmou o que dissemos. A oferta de consultas e exames médicos, a disponibilização de serviços de beleza e a promoção de palestras e eventos artísticos movimentaram a Casa de uma maneira poucas vezes vista por aqui”, pontuou o presidente.

O primeiro secretário da Alepe, deputado Gustavo Gouveia, parabenizou as mulheres em nome das seis parlamentares da Casa, ressaltando que “todas as mulheres merecem respeito, dignidade e equidade”, e reafirmou o compromisso da atual gestão de trabalhar “para que os próximos acontecimentos sejam tão bons quanto o Alepe Mulher”. “Obrigado a todos que compareceram e fizeram parte desse momento que, certamente, ficará marcado na história desta Casa. Agradeço pela confiança depositada no nosso trabalho e reafirmo o compromisso desta gestão em fazer o melhor que pudermos para este Poder Legislativo”, disse.

Direitos e Marielle Franco

Em seus pronunciamentos na solenidade de encerramento as deputadas destacaram, sobretudo, a necessidade de mais iniciativas em defesa dos direitos da mulher e fim da violência de gênero. Integrante da Mesa Diretora, onde ocupa a 3ª secretaria, a deputada Socorro Pimentel coordenou os trabalhos e elogiou a iniciativa do Legislativo, classificando-a de “inovadora, muito produtiva e que contribui para conectar a Assembleia com a sociedade”.

Primeira mulher a presidir uma das principais comissões da Assembleia, a de Finanças, a deputada Débora Almeida frisou que eventos como o “Alepe Mulher” ajudam a levar mais consciência dos direitos das mulheres. “É por meio da política e de semanas como essa que a gente vai levando para todas a consciência de algumas coisas que são essenciais. O que é violência? Muitas vezes, ela sente aquele incômodo mas ela não sabe que aquilo dali é uma violência”, alertou.

Os cinco anos da morte da ex-vereador carioca Marielle Franco, completados na terça-feira (14), foram o mote do discurso da deputada Rosa Amorim para pontuar a luta pelo fim da violência política de gênero. “Não podemos ser silenciadas. Queremos ter voz ativa e participação nos 365 dias do ano”, disse. Reforçando o tema da violência contra as mulheres, a deputada Gleide Ângelo lamentou o fato de somente este ano os registros de vítimas por feminicídio no Estado já passarem dos 40 casos. “Precisamos de ações integradas das instituições, para que haja políticas efetivas de proteção às mulheres”.

Já a deputada Simone Santana defendeu que a Alepe retome o “Mulheres na Tribuna – Adalgisa Cavalcanti”, projeto de estímulo à formação de lideranças femininas, interrompido pela pandemia. “A gente não pode pensar em uma democracia plena, em justiça social, se a gente ainda tem desigualdades de gênero. Essa é uma luta que não é só de nós mulheres, não é só de nós políticas, é da sociedade”.

Excelência, gratuidade e rapidez

Principais contempladas com o projeto “Alepe Mulher”, as servidoras da Assembleia elogiaram a iniciativa, sobretudo a rapidez e gratuidade dos serviços oferecidos. “Foi muito importante para mim pois não tenho plano de saúde e conseguir realizar pelo SUS é uma verdadeira via crúcis. Fiz ultrassonografia, mamografia, consultas com ginecologista e endocrinologista. Programas sociais como esses deveriam ser realizados mais vezes pela Casa”, disse a funcionária terceirizada Malu Leite.

A comissionada Yasmim Barros destacou a rapidez e qualidade dos serviços. “Fiz exames de ultrassonografia, citologia e tomei vacina de gripe. Na correria do trabalho, a gente acaba deixando para depois a prevenção de nossa saúde”, afirmou. Para Matilde Watts, funcionária efetiva da Alepe há 38 anos, o fato de os atendimentos serem oferecidos nas dependências da Assembleia facilitou muito o acesso.

“Estava há dois anos sem fazer exame de vista e sem tempo de ir ao um oftalmologista por causa do trabalho. Foi uma oportunidade excelente para mim”. A solenidade de encerramento do “Alepe Mulher” contou as presenças de representantes do Instituto Maria da Penha, Defensoria Pública Estadual e Polícia Civil.

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