Vai ao ar, neste sábado (13), o segundo programa das Gruvilinas Sessions, projeto que reúne apresentações musicais e audiovisuais de artistas independentes de Pernambuco. Depois da passagem do olindense Afroito, quem protagoniza a edição deste fim de semana é o recifense Matheus de Bezerra. A primeira temporada da série conta com quatro apresentações musicais, disponibilizadas todos os sábados, a partir das 14h, no canal do YouTube do selo Alcalinas Brisadas.
Com repertório vasto e sensibilidade musical que transporta aos encontros e desencontros do tempo, Matheus de Bezerra nos presenteia com músicas autorais carregadas de reflexões sobre temas do cotidiano, como amor e guerra. No segundo programa das Gruvilinas Sessions, o artista apresenta “Sereia”, canção que finaliza Tropikal, seu primeiro álbum, e duas inéditas, “Tuberculoso Bairro” e “Se as Armas Atirassem Flores”.
As três canções são acompanhadas com voz e violão e casam com o que há de mais fiel nas composições do recifense. Além da apresentação, Matheus de Bezerra também realiza duas intervenções faladas ao longo da produção audiovisual. A primeira, leva ao público reflexões sobre o atual momento de pandemia no Brasil. Já a segunda, denominada “Tel Aviv”, acompanha altos e baixos de voz e violão. O projeto conta, ainda, com uma proposta multimídia, e vai disponibilizar uma entrevista exclusiva com o artista, através do site da Revista Gruvi.
“Quando falo de Tuberculoso Bairro, eu começo com esse nome para chocar mesmo, porque isso é uma pauta que falta nas pessoas. Quando elas falam de violência, não falam do sangue, do corpo, do velório. São discursos rápidos e rasos, que não causam o impacto que deveriam causar. É assim com o racismo, é assim com todo tipo de preconceito”, expôs Matheus de Bezerra, em entrevista à Gruvi, em referência à segunda música apresentada no programa.
Além de Matheus de Bezerra e Afroito – que se apresentou no último sábado -, participam das Gruvilinas Sessions a também recifense Larissa Lisboa e a caruaruense Gabi da Pele Preta. A primeira temporada da série vai ao ar ao longo do mês de março, até o dia 27. As apresentações audiovisuais e os textos produzidos serão publicados todos os sábados, às 14h.
O projeto
Com a proposta de trazer ao público apresentações musicais de artistas pernambucanos ambientadas em um cenário único, caseiro e intimista, o projeto Gruvilinas Sessions pretende atuar diretamente no registro e difusão das manifestações culturais contemporâneas locais, abarcando a pluralidade e subjetividade de gêneros que formam a cena musical de Pernambuco. O olindense Afroito, a caruaruense Gabi da Pele Preta e os recifenses Matheus de Bezerra e Larissa Lisboa são os protagonistas da primeira edição do projeto.
Além disso, o programa foi pensado para movimentar diversos setores da indústria musical; de músicos a técnicos de som e vídeo e articuladores culturais no geral. A série de vídeos é uma ação colaborativa entre três selo pernambucanos: Alcalinas Brisadas (produtora audiovisual), Gruvi (revista eletrônica de música pernambucana) e Anilinas Produções (produtora musical), contando com o incentivo do Governo do Estado de Pernambuco através da lei Nº 14.017 de fomento cultural Aldir Blanc.
A primeira temporada da série, que vai ao ar ao longo do mês de março, terá quatro vídeos, cada um com aproximadamente 20 minutos de duração. Em uma empreitada multimídia, cada material audiovisual (publicado no canal do YouTube da Alcalinas Brisadas) será vinculado a uma produção textual que será publicada no site da Gruvi.
O primeiro vídeo foi lançado no dia 6 de março, com a apresentação de Afroito, que nos presenteia com faixas inéditas do seu trabalho musical, baseado na sonoridade do coco de roda. Voz, pandeiro e poesia se fundem em uma performance exclusiva de três faixas que compõem o disco Menga, que será lançado no dia 26 de março.
A segunda apresentação será a de Matheus de Bezerra, que será publicada no dia 13 de março. Ele está na estrada como artista independente desde os 14 anos de idade, cantando músicas que atravessam a infância, amor, espiritualidade e guerra. Recentemente, Matheus produziu seu primeiro álbum, Tropikal. Para as Gruvilinas Sessions, o artista incorporou ao repertório uma música do trabalho mais recente e duas inéditas.
“Foi revolucionário. Já pensou a janela que isso é para alguém que durante a vida inteira fez suas músicas no quarto? As Gruvilinas Sessions deram a oportunidade do exemplo da semente. Isso já é a semente e talvez alguém plante outras por aí“, contou Matheus.
A artista independente Larissa Lisboa é a estrela do terceiro vídeo, que estreia no dia 20 de março. Num formato intimista, que casou perfeitamente com suas músicas, a cantora e compositora apresentou três de suas canções (uma delas inédita), e conversou com a gente sobre assuntos como arte, música, política e amor (tema central nas suas canções).
O quarto e último vídeo, a ser lançado no dia 27 de março, será protagonizado pela multiartista e professora Gabi da Pele Preta. Filha de professor, desde pequena teve contato com a potência transformadora da educação e isso parece sempre atravessar não apenas suas apresentações, mas o seu jeito de celebrar a existência nesse mundo. Para as Gruvilinas Sessions, quem se apresenta junto à cantora é a musicista Lígia Fernandes, que ajudará a compor um sólido repertório permeado por empoderamento feminino e revoluções.
Serviço:
Gruvilinas Sessions – série de vídeos intimistas com artistas de Pernambuco
Data de lançamento: 06/03 a 27/03 (sempre aos sábados, às 14h)
Local: Canal do YouTube Alcalinas Brisadas e Site da Gruvi.
Realizadores:
Gruvi: André Santa Rosa, Giovanna Carneiro, Heloise Barreiro, Júlia Rodrigues e Vinícius Lucena.
Alcalinas Brisadas: Ilton Ferreira e Renatto Mendonça
Anilinas Produções: Mery Lemos e Juliano Holanda
Ficha técnica:
Vídeo e montagem: Ilton Ferreira e Renatto Mendonça
Som e masterização: Sam Silva, Vilmar Filho e Jovem Otto
Produção: Caio Dornelas e Mery Lemos
Curadoria musical, entrevistas, comunicação e produção textual: André Santa Rosa, Giovanna Carneiro, Heloise Barreiro, Júlia Rodrigues e Vinícius Lucena.
Cenografia: Marcella de Oliveira.