Nos últimos anos, muitos brasileiros aspirantes à carreira médica têm procurado a Argentina como uma forma inteligente de realizar seus projetos e sonhos. O país vizinho oferece um combo de vantagens na área de ciências médicas, quando comparado à graduação no Brasil.Entre as vantagens mais destacadas estão o processo de ingresso nas universidades públicas de medicina, que não exigem vestibular; o preço das mensalidades das universidades privadas, muito inferiores aos praticados no Brasil; e, principalmente, a alta qualidade do ensino superior, com escolas elencadas entre as melhores do mundo, inclusive com cinco prêmios Nobel, dos quais dois são de medicina.
Embora cientes da dificuldade de ingressar no curso de medicina no Brasil, muitos estudantes ainda insistem em prestar o vestibular ou conseguir uma nota máxima no ENEM, na tentativa de conseguir uma vaga nas faculdades do país. Este processo de ingresso, considerado atrasado em relação a outros países, não é simples e, na maioria das vezes, pode demandar anos de estudo e terminar em frustração.
Processo de ingresso nas universidades argentinas
Na Argentina existem várias universidades públicas e privadas de renome internacional, sem vestibular, com processos de ingresso muito mais acessíveis – e os estudantes brasileiros já descobriram esse caminho ao país vizinho para a graduação em medicina.
O processo de ingresso em medicina na Argentina exige, na maioria das universidades, um primeiro ciclo de estudos que avaliará o nível dos candidatos e fornecerá os conhecimentos básicos da carreira. Na Universidade de Buenos Aires (UBA), por exemplo, o primeiro ano do curso é dedicado ao Ciclo Básico Comum – CBC – que tem como objetivo proporcionar treinamento abrangente e interdisciplinar, desenvolver o pensamento crítico, consolidar metodologias de aprendizagem e contribuir para uma educação ética, cívica e democrática dos estudantes da universidade. No caso específico da UBA, o curso de medicina se estende por sete anos.Já na Universidade Nacional de Rosário (UNR), uma das mais tradicionais da Argentina, as atividades acadêmicas se iniciam com o Módulo de Inclusão Universitária – MIU – um curso obrigatório (porém não eliminatório) que aborda aborda temas sobre Direitos Humanos, Sistemas de Saúde e Cidadania Universitária.
Localizada na província de Santa Fé, uma das características mais marcantes da UNR é que ela foi a primeira universidade de medicina da Argentina a implantar o método de ensino diferenciado PBL (Problem Based Learning). Este sistema eficaz, original do Canadá, obriga o aluno a vivenciar os problemas que enfrentará ao longo da carreira médica. O método aplicado por diversas universidades do mundo permite que os alunos obtenham uma excelente formação.
Qualidade de ensino das universidades da Argentina
Entre as escolas superiores mais requisitadas pelos estudantes internacionais está a Universidade de Buenos Aires (UBA), que se posiciona, em qualidade, à frente de todas as universidades públicas do Brasil e também da América Latina, ocupando o 1º lugar no respeitado ranking QS World University Latin America 2021 (já divulgado).
No QS Global, a UBA se encontra na 66ª. posição, figurando entre as 100 melhores do mundo. A título de comparação, as seguintes melhores posicionadas são a Universidade Nacional Autônoma de México (UNAM), classificada em 100º lugar, e a Universidade de São Paulo (USP), em 115º.
Outra universidade pública que também abraça os alunos brasileiros é a Universidade Nacional de la Plata (UNLP), localizada na cidade de La Plata, a sudoeste de Buenos Aires. A UNLP é uma das maiores universidades da Argentina e está entre as melhores do País e da América Latina, classificada na 33ª. posição do QS World University Latin America 2021.
Além das universidades gratuitas de medicina na Argentina, há faculdades particulares de excelente padrão como a Fundação Hector Barceló, uma instituição bastante requisitada por brasileiros pela sua estrutura, com um corpo docente de alta competência e mensalidades acessíveis.
Com sedes na capital Buenos Aires, nas cidades de La Rioja (noroeste argentino) e Santo Tomé (nordeste argentino), a Barceló é famosa por formar profissionais para lidar com problemas da mais alta complexidade e capazes de melhorar a qualidade de vida dos indivíduos.
Custo para estudar medicina na Argentina
Além do ingresso simplificado e do alto nível do ensino superior, a Argentina conta com universidades públicas, totalmente gratuitas, e universidades privadas com preços de mensalidade muito mais baratas do que os encontradas no Brasil.
Somado às mensalidades baixas, o custo de vida na Argentina é similar ou até menor que no Brasil, dependendo da localização da universidade e do estilo de vida do estudante. Em Buenos Aires, os brasileiros vão encontrar preços similares aos de uma capital, mas no interior do país, onde também estão localizadas excelentes universidades, os gastos com aluguel, alimentação e transporte podem ser bem mais acessíveis. La Plata e Rosário, por exemplo, são cidades muito mais tranquilas e baratas para estudantes com menor capacidade econômica.
Os candidatos à carreira médica podem saber um pouco mais sobre como estudar na Argentina através de assessorias especializadas que orientam sobre toda a documentação a ser providenciada, os cursos específicos exigidos em cada universidade antes de iniciar os estudos, inclusive os níveis do idioma espanhol necessários para ingressar em cada instituição e até os custos decorrentes dessa mudança de país. Definitivamente, existem inúmeros motivos para estudar medicina na Argentina e superar, de uma vez por todas, as barreiras que podem ser encontradas para a formação nessa carreira tão louvável.
