Itaquitinga: A pior educação de Pernambuco

Por Rafael Santos 12/05/2025 18:10 • Atualizado 12/05/2025
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Foto: Rafael Santos// Giro Mata Norte

Itaquitinga enfrenta desafios significativos no setor educacional, com o pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) para os anos iniciais do estado, alcançando uma nota alarmante de 3,6. Este índice coloca o município na última posição em Pernambuco (IDEB 2023), refletindo uma realidade preocupante nas escolas locais. Além disso, a cidade está há uma década sem realizar concursos públicos, um fato que tem contribuído para a precarização do serviço público municipal.

O último concurso em Itaquitinga ocorreu em 2016, mas foi suspenso por recomendação do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE). Embora haja registros de que o concurso tenha avançado em 2017, a admissão de pessoal foi tímida e sem efeitos concretos para população.

Atualmente, cerca de 75% dos servidores municipais de Itaquitinga estão em regime temporário, ocupando cargos excepcionais ou comissionados, o que levanta sérias questões sobre a estabilidade e qualidade dos serviços prestados à população. A falta de concursos públicos também resulta em uma carência de efetivos nas áreas de educação e saúde, impactando diretamente na qualidade dos serviços oferecidos à população.

A situação educacional do município não é apenas um reflexo de uma gestão que não priorizou a realização de concursos, mas também de uma estrutura educacional que precisa urgentemente de melhorias. O TCE-PE, em 2022, reforçou os pedidos para que o município realizasse um concurso público, com foco na valorização e na efetivação de servidores permanentes. A recomendação, ainda sem resposta definitiva por parte da prefeitura, está em conformidade com estudos que apontam a importância crucial da qualidade do professor para o aprendizado dos alunos.

Segundo um estudo recente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), publicado em 30 de abril de 2024, a qualidade do professor impacta diretamente em 60% do aprendizado dos estudantes. Esta realidade reforça a urgência de contratação de profissionais qualificados e concursados, que possam trazer estabilidade e melhores condições de ensino para os alunos de Itaquitinga.

Enquanto a cidade aguarda por uma solução, a comunidade educacional e a sociedade civil cobram ações concretas e a realização do concurso público, a fim de reverter o cenário de precariedade e melhorar as condições educacionais que, há anos, vêm prejudicando as novas gerações.

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