Caça Talentos vai selecionar 10 mil pessoas para serem qualificadas

O projeto faz a capacitação na parte socioemocional, inicialmente, e vale para todos os perfis, depois afunila para a área de tecnologia

Por Rafael Santos 13/09/2022 12:16 • Atualizado 13/09/2022
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É possível garimpar talentos e impulsionar sonhos? A resposta é sim, de acordo com o novo projeto do Governo do Estado, lançado através da Secretaria do Trabalho, Emprego e Qualificação do Estado. A principal aposta do projeto Caça Talentos, que já está com as inscrições abertas, será desenvolver habilidades socioemocionais e novos programadores nas linguagens Python ou Java. A iniciativa tem o objetivo de qualificar jovens e adultos pernambucanos para melhor empregabilidade, especialmente na área tecnológica. A ação tem a participação inédita de Nicole Dantas, que estudou na escola técnica estadual do Porto Digital e idealizou o projeto. Ela inspirou o Caça Talentos, foi uma das alunas do Ganhe o Mundo, programa da Secretaria de Educação, e hoje está cursando Ciência da Computação e Arte na Universidade de Minerva, em São Francisco (CÁ).

Os interessados podem se inscrever até o próximo domingo (18) no sistemas.seteq.pe.gov.br/sima/inscricao_login/. Logo depois do cadastro, os inscritos receberão um link do Caça Talentos por e-mail, com acesso às oficinas e capacitações. As aulas começam no dia 20 de setembro.

Por meio de uma assistente virtual chamada ANA, treinada por um método inovador e patenteado, que junta princípios da psicologia cognitiva comportamental, designer e pedagogia, a meta da SETEQ é capacitar, na primeira fase, aproximadamente 10 mil pessoas. Os inscritos nesta fase não precisam, necessariamente, gostarem de tecnologia. Está e uma fase para aperfeiçoamento socioemocional.

De acordo com coordenadora de acompanhamento à Gestão do Projeto na fase 1, psicóloga e CEO da OCCA, Mariana Lins, no primeiro momento, que dura 40 horas, os 10 mil participantes inscritos serão preparados em habilidades socioemocionais, como raciocínio lógico, trabalho em equipe, atenção plena, escuta ativa, autoconsciência, autogestão e resolução de problemas.

A segunda fase já será diferente. Das 10 mil pessoas, 1.500 serão selecionadas pelo aplicativo Caça Talentos para os cursos de desenvolvimento de software (Python ou Java). O conteúdo será distribuído em 240 horas, com direito a certificado. Nicole Dantas fará inserções no projeto, de maneira remota, com dicas e orientações. Quem participou apenas da primeira fase, sai com a bagagem emocional fortalecida. Ter boas ferramentas comportamentais ajuda na busca de emprego e na manutenção dele.

Indagado se existe algo semelhante no Brasil, o secretário estadual do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, respondeu: “O projeto é inovador, porque aperfeiçoa o lado racional e emocional e prepara os participantes com treinamento em habilidades socioemocionais e habilidades técnicas. Os concluintes terão mais facilidade para entrar no mercado de trabalho, em especial, no ambiente do Porto Digital no Recife, que tem forte demanda por mão de obra. Este projeto é fruto de um sonho de alunos de escola pública estadual e ele vai estimular novos sonhos”, destacou.

De acordo com o secretário, o objetivo é atingir o público das escolas do Estado (incluindo ensino médio e escolas técnicas). Porém, ele não será excludente. Estará aberto a todos os pernambucanos, de qualquer idade, de todos os municípios, a partir dos 17 anos.

As oficinas e cursos serão feitos pelo celular ou pelo computador. A qualificação será totalmente em ensino a distância. podendo alcançar todos os municípios do Estado, e uma plataforma também será lançada em breve para quem quiser acompanhar os cursos pelo computador. Antes, contudo, é necessário fazer a inscrição. É importante não se esquecer.

De forma inovadora, como aconteceu no projeto ANA – lançado pela SETEQ no auge da pandemia para ajudar os jovens durante o isolamento – o Caça Talentos terá um assistente virtual que ajudará na seleção dos mais aptos para a área tecnológica.

Segundo o coordenador de acompanhamento à Gestão do Projeto, Márcio Vinícius da Silva Miranda, a plataforma será de fácil acesso, com um formulário eletrônico para cadastro no sistema onde a pessoa identifica seu nome, e-mail e telefone. Depois, com a evolução das conversas entre Ana e a pessoa, a assistente vai identificar quem tem aptidão para trabalhar na área de tecnologia. Essa seleção levará à segunda fase, que terá mil vagas para Python e 500 para Java.

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