
Pernambuco iniciou, em abril de 2024, a vacinação contra a dengue, por meio da disponibilização do imunobiológico capaz de oferecer proteção contra os quatro sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). A estratégia de imunização contempla crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, e o esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.
A vacina contra a dengue está disponível nos 48 municípios das I, V e VII Gerências Regionais de Saúde (Geres). Esses locais foram escolhidos por determinação do Ministério da Saúde (MS), através da Secretária Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE). A seleção das localidades foi baseada nos dados da gerência de Vigilância das Arboviroses e Zoonoses, que apontaram as cidades prioritárias em virtude da alta incidência de casos.
Desde o começo da vacinação, em março de 2024, até setembro de 2025, foram distribuídas 230.222 doses de vacina contra a dengue, contemplando a 1º e 2º doses. A primeira remessa foi aplicada em 72.019 pessoas na I Geres, em 20.222 na II Geres e em 3.911 na III Geres.
Já a segunda dose teve, até agora, um total de 27.441 aplicações na I Geres, 10.965 na II Geres e 1.272 na III Geres. Esses números apontam que muita gente ainda precisa tomar a última dose, importante para fechar o ciclo e deixar o usuário totalmente imune à doença ou à forma mais grave dela.
Somando as três Geres, 96.152 pessoas receberam a primeira dose, enquanto 39.678 voltaram para a segunda, o que representa uma queda de 58,7% na adesão. “É necessário que a população busque as unidades de saúde nos municípios onde a vacina está disponível, não só para receber a primeira dose, mas aqueles que já receberam a primeira dose e precisam completar o seu esquema vacinal para garantir a sua proteção. É fundamental para reduzir os casos graves, hospitalizações e salvar vidas. Vacinas salvam vidas”, destaca a superintendente de Imunizações do estado, Magda Costa.
Vale ressaltar que a vacinação segue sendo a melhor maneira de prevenir doenças, reduzir complicações e evitar óbitos. Além disso, a imunização é fundamental para a promoção da saúde e para o controle e eliminação de doenças imunopreveníveis.
Outra importante ação de prevenção é a eliminação dos focos do Aedes aegypti. Cuidados como evitar o acúmulo de água em pneus, latas e garrafas vazias, assim como cuidar de plantas e vasos, potes e outros objetos que servem de reservatórios de água podem ajudar. A limpeza regular da caixa d’água, que deve permanecer sempre fechada, também está entre as medidas de prevenção contra o mosquito.
A SES-PE orienta, ainda, que calhas, folhas ou galhos, que impeçam o escoamento da água, sejam retirados. Vale salientar que o lixo deve ser colocado em sacos plásticos e a lixeira deve ser mantida fechada. Também é necessário eliminar entulhos no quintal e trocar com frequência a água dos animais de estimação.
Dengue – Originário do Egito, na África, o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, vem disseminando a doença em países tropicais há pelo menos 263 anos, quando foi descoberto, cientificamente, em 1762. Apesar da primeira epidemia do Brasil ter sido documentada entre 1981 e 1982, no estado de Roraima, os primeiros relatos da doença no país foram registrados entre o final do século XIX e começo do século XX, no Paraná e no Rio de Janeiro, respectivamente, segundo o Instituto Oswaldo Cruz. Trazendo para o estado de Pernambuco, os primeiros casos documentados foram na epidemia de 1995.