Apevisa capacita fiscais municipais para reforçar combate à falsificação de bebidas alcoólicas em Pernambuco

Por Rafael Santos 07/10/2025 07:30 • Atualizado Há 3 horas
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“Tudo no mercado de falsificação vira um negócio. É necessário estar atento aos sinais. Todo vidro conta uma história. O volume do líquido, o preço, os rótulos, que devem ter alto-relevo e estar em português, sem erros de ortografia; a tampa, que precisa ter a marca alinhada e nunca estar coberta com qualquer plástico, entre outros detalhes”, alertou a diretora da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), Andrea Kohout, uma das palestrantes do curso sobre fiscalização sanitária de estabelecimentos comercializadores de bebidas alcoólicas, promovido pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa).

A capacitação foi realizada nesta segunda-feira (06), na sede da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), no bairro do Bongi, e teve como objetivo qualificar e atualizar fiscais de Vigilância Sanitária dos municípios para aprimorar a fiscalização de estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas.

A diretora geral da Apevisa, Karla Baeta, destacou que a programação buscou preparar as equipes municipais para uma atuação mais efetiva nos territórios. “A programação está bastante ampla. Abordamos desde a parte prática da fiscalização e inspeção nesses locais até o reconhecimento de bebidas falsificadas ou adulteradas, a coleta de amostras para análise e as medidas de intervenção que devem ser adotadas diante de irregularidades. A expectativa é que todos saiam mais preparados para atuar e proteger a saúde da população, reduzindo o risco de novos eventos relacionados à adulteração com metanol”, explicou.

A diretora de Vigilância em Saúde de Olinda foi uma das participantes e ressaltou a importância da atualização técnica para os municípios. “É um momento muito importante, porque tudo isso ainda é muito novo para nós. Já conhecemos a parte de legislação e registro das bebidas, mas a questão da contaminação por metanol é recente. Estar por dentro do que pode causar esse tipo de intoxicação e de como devemos proceder é fundamental para minimizar os riscos que esse composto representa”, afirmou.

Atualização – A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs/PE), divulgou na tarde desta segunda-feira (06/10) que dos 12 pacientes acompanhados por unidades de saúde, cinco receberam alta hoje. Os usuários são dos municípios de Gravatá, Recife, João Alfredo, Jupi e Jaboatão.

Ao todo, até o momento, a SES-PE recebeu a notificação de 28 casos suspeitos de intoxicação por metanol, sendo dois pacientes residentes de outros estados (São Paulo e Alagoas). Deste quantitativo, 7 pacientes estão em acompanhamento em serviços de saúde, 12 já receberam alta hospitalar, dois casos foram descartados (Gravatá e Carpina), 4 óbitos foram registrados (Lajedo 2, João Alfredo 1 e Paudalho 1) e três pacientes evadiram-se, abandonando o tratamento por conta própria.

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