A partir desta segunda-feira (24), todos os grupos contemplados na campanha de vacinação contra a influenza já podem procurar os postos de saúde para serem imunizados. O objetivo é vacinar, no mínimo, 90% dos mais de 2,3 milhões de pernambucanos. O Dia D está marcado para 13 de maio e o fim da campanha será em 26.
A vacina protege contra três tipos de influenza – A(H3N2) Sazonal, A(H1N1) e B – e tem um ano de validade, ou seja, quem tomou no ano passado e continua dentro dos grupos prioritários também deve ser imunizado. “É importante que a população tome a vacina o quanto antes, já que estamos chegando ao nosso período de inverno. Assim, podemos evitar adoecimentos, gastos com medicamentos, infecções secundárias por causa da influenza e, principalmente, internações hospitalares e até mesmo o óbito provocado pela gripe”, afirma a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo.
Poderão se vacinar contra a influenza: idosos, crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), indígenas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional, professores dos ensinos básico e superior de escolas públicas e privadas e profissionais de saúde. A vacinação é feita em uma dose, exceto para menores de 9 anos, que devem tomar uma segunda 30 dias após a primeira.
Em doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro. As pessoas com história de alergia a ovo, que apresentem apenas urticária após a exposição, podem receber a vacina da influenza mediante adoção de medidas de segurança. A vacina é contraindicada para pessoas com história de reação anafilática prévia em doses anteriores bem como a qualquer componente da vacina ou alergia comprovada grave relacionada a ovo de galinha e seus derivados.
DADOS
– A gripe caracteriza-se pelo aparecimento súbito de febre, dor de cabeça, dores musculares (mialgia), tosse, dor de garganta e fadiga. Nos casos mais graves, geralmente, existe dificuldade respiratória e há necessidade de hospitalização.
– De acordo com a Organização Mundial da Saúde, estima-se que a influenza acomete 5% a 10% dos adultos e 20% a 30% das crianças, causando 3 a 5 milhões de casos graves e 250.000 a 500.000 mortes todos os anos, no mundo.
– De acordo com o Ministério da Saúde, estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza.
– Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de transmitir o vírus para até dois contatos não imunes. As crianças com idade entre um e cinco anos são as principais fontes de transmissão dos vírus na família e na comunidade, sendo que podem eliminar os vírus por até três semanas. Indivíduos imunocomprometidos podem excretar os vírus influenza por períodos mais prolongados, até meses. Recentemente, comprovou-se que os vírus sobrevivem em diversas superfícies (madeira, aço e tecidos) por 8 a 48 horas.
INFLUENZA – Em 2017, até 25 de março, foram 280 pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Pernambuco. Desses, 29 positivaram para influenza A(H3N2) Sazonal, vírus responsável por 90% das amostras positivas. Não há óbitos para essa enfermidade. Já em 2016, no mesmo período, dos 217 pacientes, 41 deram positivo para influenza A(H1N1), com 13 óbitos para esse vírus. Em 2016, no mesmo período, não foram registrados casos de influenza A(H3N2) Sazonal.
PREVENÇÃO
Para evitar a propagação de casos, algumas medidas de prevenção devem ser adotadas por toda a população:
– Cobrir o nariz e a boca com lenço, ao tossir ou espirrar, e descartar o lenço no lixo após uso.
– Lavar as mãos com água e sabão após tossir ou espirrar.
– No caso de não haver disponibilidade de água e sabão, usar álcool gel.
– Evitar tocar olhos, nariz ou boca.
– Evitar contato próximo com pessoas doentes.