‘Azougue Nazaré’ entra em exibição no Cine Brasília

Por Rafael Santos 19/02/2020 08:38 • Atualizado 19/02/2020
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Quando samba, marchinhas e batuques que marcam o Carnaval estiverem soando nas diferentes regiões da capital do país, dentro do Cine Brasília, quem dará o tom é o maracatu rural de baque solto, estilo de música de matriz africana, ligado à Zona da Mata de Pernambuco. É o que traz de volta à telona o filme Azougue Nazaré, de Tiago Melo, produtor de AquariusBoi NeonBacurau e Divino Amor.

O filme pernambucano conta a história de acontecimentos misteriosos que assustam os moradores de Nazaré da Mata, município onde o filme foi rodado. A cidade, a 66 quilômetros de Recife, é conhecida por ser a capital do maracatu rural, além de ter a maior área de canaviais no Brasil. É nesse cenário que um pai de santo pratica ritual religioso com cinco caboclos, que ganham poderes, incorporam entidades e desaparecem.

“O maracatu é uma arte de pura resistência, e eu quis colocar isso na  tela, mostrar como a arte pode superar preconceitos, bloqueios, ameaças e intolerância”, diz o diretor no material de divulgação da película. Em foco, a história de um ex-maracatuzeiro que se torna evangélico e passa a combater a dança porque seria inspirada pelo diabo. É o cinema de Pernambuco recorrendo de novo à alegoria (como em Bacurau) para fazer crítica a eventos contemporâneos.

O gerente do Cine Brasília, Rodrigo Torres, explica que Azougue Nazaré esteve apenas uma semana em cartaz na capital federal durante seu lançamento, em novembro do ano passado, e merecia uma janela maior de exibição. “Trata-se de um filme importante, que faturou 20 prêmios em 37 festivais ao redor do mundo”, destacou.

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