Não resta dúvida que um dos momentos mais marcantes de uma sociedade democrática é a manifestação da vontade expressa nas urnas. No entanto, sempre se faz necessário esclarecer que a decisão num pleito eleitoral é apenas um desses momentos e que os direitos democráticos devem ser exercidos cotidianamente. No nosso país acabamos de passar por mais um processo de escolha sucessória, reelegemos Dilma Russeff nossa presidenta, o que definirá nosso futuro para os próximos quatros anos.
…Quando optamos pelo crescimento coletivo, nãopodemos ter medo de conquistar a liberdade!!!. (Nelson Mandela)
A vitória da presidenta Dilma Rousseff neste segundo turno nos dá a dimensão de que nosso povo não se deixará subjugar pelas classes dominantes. Não sucumbirá aos ditames dos especuladores financeiros, nem muito menos dos que acreditam no domínio do poder econômico como condutor principal da vida do nosso povo.
Essa eleição também demonstrou que as mudanças, tão pedidas pela nossa população, não podem ser conduzidas de maneira aventureira. As mudanças deverão ocorrer sempre garantindo a continuidade do que já foi garantido. Ficou expresso também que não estamos dispostos a perder nada daquilo que foi conquistado, principalmente as políticas públicas de inclusão social, educação e saúde.
Em Pernambuco, mais de 70% dos seus eleitores, em que se incluem a maioria dos paudalhenses, com a reeleição da presidenta definiram que o Brasil segue no caminho certo. Diante da conjuntura política local, uma questão se faz necessária, como ficará o futuro da nossa cidade?
É notório que, as lideranças políticas que se constituíram nos últimos 30 anos em Paudalho conduziram o processo político sempre revezando, entre eles, as cadeiras do poder. Esse revezamento sempre se deu sob a sombra e/ou batuta de algum iluminado no cenário estadual. Nos últimos dois anos essa situação nos colocou em posição antagônica ao governo federal, gerando desvantagens ao nosso município. As quais podem ser visualizadas, principalmente, na falta de capacidade de planejamento e formulação de projetos que trouxessem mais investimentos para nosso município.
A sociedade paudalhense não tem ideia de quantos, nem quais são os programas federais que o município de Paudalho participa. Assim como não sabemos os valores destes investimentos, nem tão pouco se estão sendo efetivamente empregados. Não há transparência na publicação das prestações de contas dos recursos e com isso, a cada dia, surge mais e mais boatos na cidade sobre esse ou aquele salário atrasado, de tal ou tal setor desta ou daquela secretaria o que faz surgir outra interrogante: A lei de acesso a informação é cumprida em Paudalho?
A maioria dos recursos do tesouro municipal em cidades como Paudalho sem dúvidas deve ser oriundo de repasses federais. Mas em um município onde há lideranças capazes de buscar investimentos, além da porta do palácio, existe um mar de projetos e programas federais e internacionais com possibilidade de captação para serem empregados em obras e infraestrutura bem como ações de caráter social, melhorando consequentemente a vida do nosso povo.
O distanciamento e elitização dos governantes do nosso município os tornam cada vez mais míopes e insensíveis no que diz respeito ao ver e ouvir o sofrimento e clamor do nosso povo. Por isso acreditamos que a cada dia as contradições se tornam mais intensas e se evidenciam no antagonismo entre o que é dito, publicado e feito.
Outro aspecto diz respeito a baixa autoestima dos paudalhenses. A falta de sensibilidade dos gestores, somado a falta de prestação dos serviços públicos com qualidade, a falta de garantia de políticas públicas e do pagamento em dia dos salários são alguns motivadores que diminuem e abatem o orgulho do nosso povo.
Podemos dizer ainda que a derrota do candidato Aécio em Paudalho é a derrota dos que conduziram a campanha do mesmo na cidade. Assim, fica claro que essas lideranças depois das derrotas recebidas nas disputas eleitoral dos seus proporcionais, ou seja, candidatos a deputados estadual e federal, contam cada vez menos com o apoio popular, a não ser pela imposição do poder econômico, denotando quão desgastados se encontram.
Devemos ser capazes de entender que a mudança rumo ao Paudalho que queremos depende primeiramente da nossa capacidade de exercitar a autocritica, donde o mote deve ser: O Paudalho que temos e o Paudalho que queremos! E munidos desta premissa sermos capazes de manifestar nosso amor a Paudalho reconhecendo que nossa cidade merece muito mais para ser feliz.
Movimento Paudalho Merece Mais.
Gostou da matéria? Algo a falar? Comente abaixo!
1 comentários