Cooperativa na Mata Norte produz 7,5 milhões de litros de etanol neste mês

Volume equivale a 40% do combustível consumido no mês em todo Estado.

Por Rafael Santos 30/09/2016 20:11 • Atualizado 30/09/2016
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O cooperativismo entre 700 produtores independentes de cana de açúcar na Zona da Mata Norte pernambucana é responsável por reaquecer a econômica na Região através da reabertura da usina Cruangi, em Timbaúba. Em um mês de funcionamento, a unidade já esmagou 100 mil toneladas de cana e fabricou 7,5 milhões de litros de etanol. O volume equivale a cerca de 40% deste combustível consumido dentro do mês em Pernambuco. A ativação do parque fabril também é positivo socialmente, já que ajudou a fazer do Estado o atual líder do ranking nacional de abertura de postos de trabalho.A usina tem 300 funcionários e emprega mais 3,5 mil trabalhadores para o corte da cana por meio das contratações dos agricultores cooperativos em várias cidades. A informação é da Associação dos Fornecedores de Cana de PE (AFCP).

A Cooperativa da AFCP é responsável pela reativação da usina e prevê moer mais 400 mil toneladas de cana até o começo de janeiro do próximo ano. “A quantidade poderia ser ainda maior ser a estiagem não tivesse chegado deste meados do mês de junho”, conta Alexandre Andrade Lima, presidente da entidade.

A usina está produzindo apenas etanol, apesar do preço do açúcar está melhor no mercado interno e externo. O mesmo acontece em outra usina administrada por cooperativa de canavieiro na Zona da Mata Sul, em Joaquim Nabuco. A produção mensal somente destas unidade sé responsável por abastecer quase a totalidade da demanda deste combustível por mês nos postos de combustíveis em Pernambuco. Apesar disso, o governo federal tem permitido a importação de etanol a base de milho dos EUA para todo o Brasil é principalmente para o Nordeste,

“A ação é incoerente e prejudica a cadeia produtiva da cana pernambucana e nordestina, que está em plena moagem até o início de março”, critica Andrade Lima. A importação concorre com o etanol local e fragiliza este setor que têm contribuído para a elevação das taxas de emprego, bem como o incremento financeiro nas cidades com vocação canavieira no NE. Lima adianta que o setor sucroenergético tem buscado encontrar solução para o problema junto ao governo do do estado.

Anistia de Dívidas Rurais
Uma ótima noticia para o setor canavieiro e demais produtores rurais do NE foi a publicada da Medida Provisória (MP 733) do governo federal nesta quinta–feira (29). A MP autoriza a liquidação e a renegociação de dívidas de crédito rural. “Até hoje, esta é uma das melhores medidas neste quesito”,comemora Lima. Ela permite a anistia de parte das dívidas e repactuação de dívidas de agricultores e produtores do Norte e Nordeste operadas pelo Banco do NE e da Amazônia e vinculados ao Fundos Constitucionais do Norte e Nordeste (FNE), que estão assumindo os custos das operações.

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