Mãe de André Mago fala, emocionada, após prisão do acusado de assassinar seu filho em Carpina

Por Rafael Santos 11/12/2025 16:10 • Atualizado Há 28 minutos
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Após a prisão de José Wilker dos Santos Castro, conhecido como “Preto”, acusado de assassinar André de Oliveira Pereira da Silva, o “André Mago”, a mãe da vítima, Maria de Janira, esteve na Delegacia de Polícia de Carpina na manhã desta quinta-feira (11) para agradecer à equipe policial e falar sobre o sentimento de justiça após mais de dois anos de espera.

A prisão foi resultado de uma operação comandada pelo delegado Bruno Bezerra, titular da 45ª Delegacia de Carpina, com apoio da Polícia Civil de Alagoas, que localizou o acusado na cidade de Arapiraca (AL), onde ele estava escondido desde o crime, ocorrido em 10 de agosto de 2023, na garagem da Prefeitura de Carpina.

Muito emocionada, Maria de Janira falou com exclusividade à equipe do Giro Mata Norte sobre a sensação de alívio e fé diante da prisão do homem acusado de tirar a vida do seu único filho.

“O homem que era meu filho era um homem de bem. A sensação é de justiça. Agradeço ao delegado e a todos os policiais que lutaram por isso. Ele (o acusado) não matou só meu filho, matou a mãe, a irmã, matou toda a família. Mas temos Deus, e a justiça divina existe”, disse, com a voz embargada.

Ela relembrou o sofrimento vivido desde o dia do crime e contou que, mesmo diante da dor, manteve sua fé.

“Foram mais de dois anos de oração. Todo dia eu colocava o nome dele nas mãos de Jesus, pedindo para que fosse encontrado e preso. A justiça de Deus nunca falha. Meu filho era trabalhador, uma pessoa justa, que não fazia mal a ninguém.”

A mãe também relatou que André havia comentado sobre o negócio envolvendo o caminhão que motivou o crime.

“Ele me disse: ‘Mãe, o homem me enganou, jogou uma bomba dessa na minha mão. Mas papai do céu vai me ajudar’. Meu filho confiava em Deus. Ele queria resolver as coisas pelas vias legais, não queria confusão.”

Mesmo diante de tanta dor, dona Maria de Janira afirmou não guardar ódio do acusado, mas esperança de arrependimento:

“Se um dia eu ficar frente a frente com ele, eu só quero dizer: estou orando por você. Que ele se converta, que não faça mais isso com ninguém. De que adianta ganhar o mundo e perder a salvação?”

Católica e ministra da Eucaristia, ela contou que a fé foi o que manteve sua força nesses mais de dois anos de luto.

“Sem Deus a gente não vence nada. Eu entreguei nas mãos do Senhor. Só Ele pode dar o consolo que uma mãe precisa.”

Ao final, emocionada, ela ergueu a foto do filho e concluiu:

“Meu filho está com Deus. E um dia eu vou estar com ele. A justiça da terra está sendo feita, e a divina, essa nunca falha.”

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