Em parceria com a COGNVOX, Carpina lança programa para auxiliar alunos neurodivergentes

Por Rafael Santos 20/11/2025 12:22 • Atualizado Há 3 horas
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Por Carlos Santos
A Prefeitura de Carpina, em parceria com a empresa COGNVOX, lançou na tarde da quarta-feira (19), o programa TEIA – Trabalhando Educação Inclusiva e Acolhedora. O evento foi realizado no auditório da prefeitura. O programa chega ao município com foco no desenvolvimento de estudantes neurodivergentes, por meio do Atendimento Educacional Especializado (AEE).

“Nós sabemos que muitas vezes a inclusão, ela fica no discurso, ela é muito utilizada no período eleitoral, ela é muito utilizada como bandeira, ela é muito utilizada como a causa ao vento. Sabemos que muitas vezes não ecoa em realizações práticas, em ações reais, em ações concretas. E hoje, na cidade de Carpina, a gente está vendo que isso pode ser feito e isso está sendo executado. Carpina está abrindo as portas para que essa ferramenta possa ser utilizada da melhor forma possível, porque é pensado no desenvolvimento cognitivo das nossas crianças neurodivergentes”, destacou Érico Santos, Analista de Implantação da COGNVOX.

Érico Santos explicou como se dá na prática a parceria e como as ferramentas utilizadas pela empresa auxiliam no desenvolvimento dos alunos neurodivergentes. “O COGNIVOX é uma metodologia, um método científico, comprovadamente avaliado e comprovadamente certificado. Essa metodologia foi embarcada numa plataforma digital, essa plataforma em web e mobile, e ela é utilizada de forma direta com as crianças, de forma direta e individual. Ou seja, cada criança vai ter um diagnóstico diferente, cada criança vai ter uma atividade diferente. Essa atividade será executada através de nossos aparelhos de tecnologia, através de nossos tablets e as nossas assistentes tecnológicas que estarão na sala de AEE, auxiliando a professora do AEE na execução dessas atividades, atividades virtuais e atividades físicas também. Essas atividades são planejadas pelos psicólogos que irão atender essas crianças e suas famílias, mas elas são potencializadas pelas nossas inteligências artificiais. A Cognivox hoje tem embarcada na sua plataforma três inteligências artificiais, cada uma com uma ação diferente, com uma atividade diferente. Uma atividade diferente, mas uma delas está aí para isso, para encontrar quais são as defasagens ou as dificuldades daquela criança para a gente trabalhar aquilo, mas também para potencializar aquilo que nós vemos como qualidade, como aspectos positivos que precisam ser potencializados. Então, é isso que a Cognito Vox chega para fazer na cidade de Carpina”, finalizou.

A iniciativa em parceria com a COGNVOX, acontece inicialmente em três escolas piloto: Escola Marechal Rondon, Escola Madre Virgínia e Creche Maria Izidoro. O objeto é potencializar o desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e acadêmico das crianças neurodivergentes do município, por meio de um método psicopedagógico com uso de Inteligência Artificial. O número de alunos e escola devem ser ampliados, como relatou a prefeita Eduarda Gouveia.

“Com certeza vai aumentar, a gente tem mais de 700 crianças que precisam desse acompanhamento, mas a gente está iniciando com esse número para fazer um teste de iniciação nas escolas, que mais a gente tem a quantidade maior de crianças e de famílias. Mas posteriormente é isso, vamos estar aí podendo fornecer para toda a nossa rede municipal e ampliando. Nosso objetivo é realmente mudar a vida das pessoas. A gente fica muito feliz, é uma outra visão de mundo para as nossas crianças atípicas, neurodivergentes, para as famílias também, com apoio psicológico, com acompanhamento, interagindo com a educação também, também para revolucionar essa nova visão, que é a primeira educação que a gente consegue transformar vidas”, completou.

O TEIA oferecerá treinamento para gestores escolares, professores e cuidadores, além de atendimento e acolhimento para alunos e famílias. Entre os resultados esperados, está melhoria da socialização, otimização cognitiva, autonomia e independência, melhoria acadêmica, acesso ao Ensino Superior e empregabilidade.

“O acompanhamento é feito individual pela trilha individual dos estudantes. Junto com a inteligência artificial, os pareceres dos psicólogos que fazem o acompanhamento, a gente tem as informações do desenvolvimento individual de cada estudante. Dessa forma, tanto a escola, quanto a família, quanto os gestores políticos, podem ter as informações que desejarem. Se aquela criança está logada na plataforma, se ela está fazendo prática pedagógica, qual a prática pedagógica que eles estão fazendo? Lembrando que a plataforma é composta de dez tipos de práticas pedagógicas diferentes. E cada tipo, cada tipologia, cada categoria, ela é organizada em tantas outras, que vai destinar, junto com a inteligência artificial, especificamente no perfil daquela criança para aquela criança”, ressaltou Georgia Feitosa, Gerente Pedagógica da COGNVOX.

Ela destaca a importância dessas ferramentas e métricas para auxiliar individualmente cada aluno neurodivergente. “Do ponto de vista pedagógico, a gente tem uma assistência individual a esse estudante. Essa assistência, essa formação, ela gera dados. E esses dados são acompanhados do gráfico, e o mais importante, a gente vê o desenvolvimento da criança dela com ela mesma, não dela em comparativo com as outras crianças, assim a gente está segregando, e nosso principal objetivo é inclusão, então a gente vai acompanhar o desenvolvimento da criança para com ela mesma, para com os desafios, mas sobretudo com as potencialidades e as virtualidades que a criança tem”, concluiu.

A Secretária de Educação da cidade do Carpina, Rosejara Ramos, comentou sobre a importância do projeto como forma prática de uma verdadeira inclusão dos alunos neurodivergentes. “A inclusão dessas crianças não diz respeito apenas à abertura de vagas e inserção dessas crianças na escola. A inclusão fala muito mais do que isso. A inclusão fala em acolher. A inclusão fala em respeitar. A inclusão fala em respeitar e também valorizar o potencial dessas crianças. Mas o que a gestão da Eduardo Gouveia está fazendo na cidade é muito mais do que tudo isso que eu citei. É acolher, é dar as mãos àquelas que geraram essas crianças que muitas vezes se sentem abandonadas, se sentem sozinhas. E, como bem foi falado aqui, a inexistência de uma política pública para justamente estender essa mão até as famílias. O COGNIVOX vem para auxiliar a gestão, que quer fazer mais. Mas é um pontapé inicial de trazer esse contato, essa ferramenta mais presente, para mostrar para essas famílias que elas não estarão sozinhas a partir de agora e que o governo municipal se fará presente com essas 130 famílias inicialmente, dizendo que nós estamos para apoiá-las e sustentar todo o processo de crescimento dessas crianças”, enfatizou.

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