Com problemas na prestação de contas, seis vereadores eleitos, na cidade de Carpina, para a legislatura 2017-2020, não serão diplomados na próxima quarta-feira (14), quando acontecerá a cerimônia de diplomação, que ocorrerá no Fórum do município,
A decisão, na qual suspende o direito a diplomação, foi expedida pelo juiz eleitora, Rildo Viera Silva.
A relação é composta pelos vereadores: Roberto da Saúde (PDT), Djalma da Celpe (PRP), Pedrinho da Ambulância (PROS), Jozias do Detran (SD), Tota Barreto (PSB) e Eliton Lopes (PV).
José Barbosa da Silva Cordeiro, que na urna usou o nome de Roberto da Saúde, obteve 617 votos. Na prestação de contas a justiça o candidato disse que gastou R$ 6,800,00. O juiz alegou que as provas apresentadas não correspondiam a realidade dos fatos.
Com um valor um pouco superior ao de Roberto da saúde o candidato, Djalma Cezar Ferreira, que usou na urna o nome de Djalma da Celpe, a justiça disse que o candidato não teria apresentado provas suficientes sobre como teria gastos os R$ 7,960,00 que foram declarados na prestação de contas.
Estreante na política o vereador eleito mais jovem desse pleito, Pedro Henrique Gomes da Silva, Pedrinho da Ambulância, também foi barrado na prestação. As provas apresentadas pelos R$ 6,800,00 gastos na campanha não foram aceitas na prestação.
Os R$ 800,00 declarados pelo candidato, Eliton Lopes de Souza, Eliton Lopes, foi recebido com estranheza pela justiça. Na sentença o juiz diz “A probabilidade do candidato de eleger vereador na cidade de Carpina com o gasto de campanha equivalente a três salários mínimos, revela-se absolutamente improvável e a sua prestação de contas possui nítido caráter de simulação”. O juiz ainda disse que as provas apresentadas para justificar os gastos não correspondem com a realidade dos fatos.
O único, até então, que já recorreu da decisão expedida pelo juiz da 20ª eleitoral foi o candidato, Jozias do Detran (SD). Jozias José Marques Pessoa havia declarado que havia recebido R$ 800,00 e seus gastos teriam sido apenas de R$ 776,00. O processo já tramita no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Outro que não será diplomado, na próxima quarta, é o vereador reeleito, Tota Barreto (PSB). Antônio Carlos Guerra Barreto, alvo da Operação Caça Fantasma, se encontra na cadeia Pública de Lagoa do Carro, onde cumpri prisão temporária. “Vislumbrar a saída do candidato da cadeia para tomar posse no cargo de vereador da cidade de Carpina, seria afrontar o princípio constitucional da moralidade pública, porque se estaria investindo no papel de legislador e fiscal dos cofres públicos a uma pessoa que enriqueceu ilicitamente com dinheiro do contribuinte”, sentenciou o juiz.
As decisões, inda, cabe recurso.
Enquanto o recurso não é julgado os suplentes das coligações, caso estejam aptos, serão diplomados.