Um homem foi preso em flagrante tentando fraudar o concurso da Polícia Militar do estado de Pernambuco, na manhã deste domingo (29). Em Carpina, o acusado foi preso em uma operação, realizada em todo estado de Pernambuco. Com o acusado, que já estava em uma das salas, onde estava sendo aplicada as provas, os policiais encontraram um ponto de ouvido, usado para receber informações sobre as questões do certame.
A Operação Ponto Eletrônico, que visa reprimir uma associação criminosa suspeita de tentar fraudar o concurso.
Em operação coordenada pelo Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil, 13 pessoas foram presas, sob a acusação de tentarem fraudar o concurso da Polícia Militar realizado neste domingo em todo o estado. A polícia, que descarta a participação de qualquer pessoa envolvida na organização do certame, destacou que todos foram presos em flagrante, antes de terem acesso ao gabarito que seria passado através de pontos eletrônicos.
Deflagrada há pouco mais de um mês, na delegacia do Cordeiro, a operação Ponto Eletrônico acompanhou as atividades do homem apontado como o articulador da fraude. O trabalho de inteligência conduzido com o apoio da Polícia Militar descobriu detalhes do esquema, que contava com equipamentos de transmissão de dados sem fio de alta tecnologia. A identidade do líder do grupo e dos demais envolvidos, assim como detalhes como o valor pago para o acesso ao gabarito, serão divulgados em coletiva marcada para esta segunda-feira.
De acordo com o diretor de Polícia Especializada, o delegado Joselito Kehrle Amaral, a operação conseguiu evitar que houvesse qualquer tipo prejuízo ao concurso. “O objetivo era resguardar a segurança do concurso, evitando a fraude. E conseguimos isso com a prisão do líder antes que ele pudesse passar o gabarito. Por isso, entendemos que a operação teve 100% de êxito”, pontuou, explicando que todos os identificados durante as investigações foram presos neste domingo. “Mas é claro que o inquérito segue e se houver mais pessoas beneficiadas, as prisões serão solicitadas. No momento, todos os que foram monitorados, foram presos”, acrescentou.
Segundo o policial, o concurso não foi prejudicado, pois os agentes prenderam o cabeça da operação antes que pudesse repassar os gabaritos aos candidatos que seriam beneficiados com a fraude. Amaral acrescentou que a regra que estipula que os candidatos só podem deixar os locais de prova faltando 15 minutos para o fim, foi criada, justamente, para pegar esse grupo que já vinha sendo investigado.