A Zona da Mata Norte pernambucana vive uma das piores crises hídricas da história, afirmou o deputado Antônio Moraes (PP). Na Reunião Plenária desta quarta (17), ele descreveu a situação dos reservatórios da região e informou que vem promovendo articulações junto à Compesa a fim de atenuar o cenário.
“Em 1998, durante o meu primeiro mandato na Alepe, fizemos uma Assembleia Itinerante em Timbaúba. Naquela época, embora eu sofresse oposição na prefeitura municipal, conseguimos nos unir em prol da construção da Barragem de Tinhuma”, lembrou. “Logo após, foi erguida a Barragem do Siriji.”
Apesar dessas duas importantes represas, a Mata Norte estaria experimentando uma estiagem não vista desde 1995. “Naquele ano, vimos canaviais dizimados”, contou o parlamentar. “Hoje, todos os rios estão secos em uma região que, no passado, teve mata e cursos d’água perenes. Se não chover, talvez pela primeira vez a gente precise lançar mão de caminhões-pipa.”
Moraes relatou reunião com a presidente da Compesa, Manuela Marinho, nessa terça (16). “Me coloquei à disposição. Temos que encontrar algum caminho para diminuir o sofrimento da população. Sugeri reativar a antiga estação de captação de água de Vertentinha, em Vicência, que ainda sobrevive em virtude de um resto de Mata Atlântica no local”, explicou.
De acordo com o deputado, se não houvesse a Adutora Eduardo Campos, os municípios da Mata Norte já estariam dependentes de abastecimento por carros-pipa há muito tempo. “Com chuvas escassas no inverno, as barragens acumularam pouca água e chegamos a essa situação de calamidade pública.”