O estudante de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Vitor Hazin, desenvolveu o protótipo de um braço robótico controlado pelo cérebro, capaz de ajudar pessoas que perderam o movimento do membro. O projeto foi pensado e posto em prática durante o intercâmbio do aluno na Universidade de Reading, na Inglaterra, onde passou um ano como bolsista do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF).
O equipamento, diferente de outras próteses que são comandadas por estímulo muscular, funciona através de sinais cerebrais. “Para fechar a mão, basta fazer um gesto de concentração e, ao imaginar que estou movendo minha mão, consigo detectar e enviar o sinal para o braço ir para a esquerda ou para a direita”, explica Hazin, que gastou cerca de R$ 1,9 mil no equipamento.
Até o momento, o braço robótico foi testado apenas com o próprio inventor e ainda deve passar por melhorias antes de chegar ao mercado. “O braço ainda não tem força suficiente para sustentar alguns objetos, além de outras alterações que preciso fazer para tornar acessível”, complementa o estudante.
A ideia surgiu quando Vitor Hazin cursou uma disciplina de mestrado, na Universidade de Reading, em que aprendeu a controlar um jogo com o piscar dos olhos com uso do eletroencefalograma – equipamento utilizado para detectar sinais cerebrais. Com o término da disciplina, ele comprou um equipamento desse tipo com o intuito de fazer algum projeto controlado pelo cérebro, nascendo, assim, o braço robótico.