Os deputados estaduais aprovaram, em primeira discussão, um projeto de lei de Nº468/2015, de autoria do deputado Henrique Queiroz (PR), que denomina o município de Lagoa do Carro como a Terra do Tapete. O projeto foi votado esta semana, na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (ALEPE).

O projeto deu entrada na casa no ano passado, onde foi enviado para as comissões, recebendo parecer favorável das comissões de Administração Pública; Educação; e Cultura e da comissão de Constituição, Redação e Justiça.

A cidade é conhecida pela confecção de tapetes manuais. Em grupos, na frente das casas, nas praças, em todos os bairros, as tapeceiras enchem telas de cor e inspiração. O bordado sustenta cerca de 2.500 famílias em
Lagoa do Carro. O trabalho em mutirão reúne a vizinhança sempre que a rapidez exige. A arte da tapeçaria chegou à cidade através da artesã e tapeceira Terezinha Lira, em 1975.

Segundo a Associação de Tapeceiras de Lagoa do Carro (Astalc), fundada em 1989, e atualmente, presidida pela tapeceira Risolange Rodrigues, a arte da tapeçaria movimenta aproximadamente R$ 50 mil reais por ano no município. O povo tem na tapeçaria sua maior fonte de renda. Centenas de artesãs trabalham nesse segmento, através da associação, nas casas de famílias ou em fábricas da região.

Os motivos florais e geométricos dos primeiros trabalhos ganharam uma versão regional. As tapeceiras bordam nosso cotidiano: o carro de boi, as frutas, as aves e flores do semiárido. O ofício que nasceu da necessidade é o orgulho de uma cidade inteira.

“Denominar de Capital do Tapete o município de Lagoa do Carro, que segundo o IBGE/2014 tem 17.247 habitantes, é uma forma de reconhecer e homenagear todas as tapeceiras pelo seu belíssimo trabalho”, destacou Henrique.