Emissário do governo Paulo Câmara, o deputado Tadeu Alencar tem a impossível tarefa de negar o que os pernambucanos sentem na pele: nosso estado está parado e, muitas vezes, andando para trás. Esse não é um debate estrito sobre a piora dos indicadores econômicos ou sociais, embora eles também sejam constatados na pesquisa do Centro de Liderança Política, em parceria com a consultoria Tendências e a revista The Economist. Citado pelo senador Armando Monteiro, o levantamento ratifica o sentimento da maioria da população.
O que Eduardo Campos começou, Paulo Câmara parou. Só não vê quem não quer. Vejam o exemplo do Pacto pela Vida. Pernambuco tirou zero na segurança pública. E segundo o referido estudo, caímos cinco posições no ranking de competitividade e condições de vida dos estados. Resultado pior só o do Amapá.
Atacar o senador Armando Monteiro é inútil. Ele é um homem público respeitado em todo o Brasil. Por onde passou, produziu bons resultados. O trabalho no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) é reconhecido por autoridades de várias matizes, e continua gerando bons frutos nas exportações do país. Em Pernambuco, o polo automotivo de Goiana é exemplo de setor beneficiado pela visão ampla e o espírito público de Armando.
Já Paulo Câmara nunca fez direito o seu papel de articulação política em favor de Pernambuco. A bem da verdade, enquanto o senador se colocava à disposição dos interesses do estado, ninguém soube do governador tentando destravar qualquer bloqueio político, aqui ou em Brasília. Aliás, a falta de liderança e articulação é a única marca desse governo.
Tadeu fecha os olhos para a dura realidade de Pernambuco. E imagina um estado de fantasia, como vemos na propaganda milionária do governo. O pior cego é o que não quer ver.
José Humberto Cavalcanti
Presidente estadual do PTB e deputado estadual