O líder da Oposição, deputado Sílvio Costa Filho (PRB), propôs, nesta quarta (2), a criação de uma comissão parlamentar para revisar o Regimento Interno da Casa. Segundo o parlamentar, o documento, formulado em 2008, precisa de atualização. “Hoje, o deputado que quer fazer um comunicado rápido sobre um assunto, na Reunião Plenária, precisa necessariamente se inscrever no Pequeno ou no Grande Expediente. Precisamos rever este e alguns outros pontos”, exemplificou.

Outro ponto levantado pela bancada oposicionista disse respeito à saída de deputados aliados ao Governo nos momentos finais das sessões. Joel da Harpa (PTN), citou como exemplo a ausência de membros da base, na reunião inaugural do Plenário, nessa terça (1), durante discurso do deputado Edilson Silva (PSOL), já no tempo dedicado à Comunicação de Lideranças. Para Joel da Harpa a atitude tem como fim esvaziar a discussão quando há falas contrárias à gestão estadual. O parlamentar se dirigiu ao líder governista, Isaltino Nascimento (PSB), em aparte, para pedir ao socialista que “não incentive os deputados do Governo a se retirarem do debate”.

Em resposta, Nascimento indicou que o mesmo tipo de procedimento é adotado pela Oposição, citando o cancelamento de uma audiência pública que discutiria o Pacto Pela Vida. “A conduta de cada bancada é decidida estrategicamente”, observou. “Ontem havia um ritual estabelecido, com a presença do governador. A Oposição precisa resolver internamente se não está sendo representada pela fala do líder da Oposição”.

Sílvio Costa Filho se somou às críticas de Joel da Harpa, e disse que o grupo governista pretendia transformar a sessão em “um ato formal para aplaudir o governador Paulo Câmara ou a família do ex-governador Eduardo Campos”. “Vamos exercer o debate em sua plenitude”, afirmou. No mesmo sentido, Álvaro Porto (PSD) considerou que a Oposição “não poderia perder a oportunidade de olhar cara a cara para o governador e mostrar o ‘Pernambuco de verdade’”.