A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) deveria postergar o vencimento das contas de água e adiar os cortes de fornecimento para empresas afetadas pelas restrições a atividades econômicas. Foi o que defendeu a deputada Priscila Krause (DEM), na Reunião Plenária desta quinta (25). Ela salientou que a medida beneficiaria, principalmente, os setores hoteleiro e de bares e restaurantes.
“A Compesa está saudável financeiramente, então esse é um movimento que está em condições de fazer, por meio de uma decisão de seu acionista majoritário, que é o Governo do Estado”, considerou a democrata. “Pousadas, hotéis, bares e restaurantes podem não ser os maiores responsáveis pelo PIB pernambucano, mas respondem pelo maior número de empregos e por uma grande geração de renda.”
Priscila lembrou que o próprio Poder Executivo Estadual manteve, por anos, uma dívida de mais de R$ 60 milhões com a empresa pública em contas não pagas de escolas, secretarias e outros órgãos. “A Compesa não cobrava isso, que era um tratamento privilegiado ao Governo, o que é vedado pela Lei das Estatais. Só houve a quitação após muitas denúncias desta parlamentar, e ainda assim sem cobrança de juros nem correções monetárias”, frisou.
A deputada também avaliou como insuficientes as iniciativas de crédito abertas pelo Estado para empresas em dificuldade. “Exigem garantias, cobram tarifas e taxas de juros. Enquanto isso, o Governo de Alagoas, que tem menos receitas que Pernambuco, está fazendo parcelamentos sem juros”, afirmou.
“É preciso mais diálogo porque a solução não vai vir de dentro de um gabinete, mas sim, depois de se ouvir quem está vivendo na pele, querendo preservar vidas e seu negócio”, observou. Entretanto, para a democrata, “a possibilidade que estamos vislumbrando é de endurecimento das restrições sem a contrapartida esperada”.