A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (30), a Operação Coffe Break e cumpre dez mandados de busca e apreensão expedidos pela 13ª Vara Federal do Recife.
Desses, quatro mandados estão sendo cumpridos na sede da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na Boa Vista, área central do Recife. Nenhum gabinete de deputado é alvo de buscas. Agentes da Polícia Federal fazem buscas na Superintendência Geral da Assembleia, Superintendência de Planejamento e Gestão (Suplag), Comissão de Licitação e na Sala dos Pregoeiros.
Nenhum deputado estadual é alvo da investigação até o momento atual das apurações.
Os demais mandados são cumpridos em residências de suspeitos de envolvimento nos bairros Poço de Panela, Bongi, Graças, no Recife, e nas cidades de Gravatá e Ipojuca.
As ações são desdobramentos da Operação Casa de Papel, deflagrada em junho.
Segundo a investigação, as empresas controladas pela supostas organização criminosa apurada na Operação Casa de Papel estariam sendo beneficiadas com contratações milionárias efetuadas pela Assembleia Legislativa de Pernambuco. As contratações seriam de quase R$ 40 milhões de reais.
A Polícia Federal apura a solicitação de vantagem indevida feita por um servidor comissionado da Alepe, que atuava na comissão de pregoeiros e no setor responsável pelos pagamentos, Segundo a PF, o servidor, de nome não revelado, estaria favorecendo internamente essas empresas.
O pedido de propina teria sido por meio de um convite para tomar um café, o que deu surgimento ao nome da operação Coffee Break.
O servidor comissionado e o líder da organização criminosa investigada, de nomes não revelados, estão sendo indiciados pela prática dos crimes de corrupção, advocacia administrativa e dispensa indevida de licitação.
Também foi determinado pela Justiça o afastamento temporário do servidor comissionado suspeito do cargo de pregoeiro, bem assim de qualquer atribuição que envolvesse licitações e a execução de contratos.