Assim como aconteceu em 2014 e 2016, o estado de Pernambuco não vai proibir a venda e o consumo de bebidas alcoólicas durante as eleições deste domingo (7). A informação foi dada na tarde desta terça-feira (2) pelo secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua. “Não haverá fiscalização em bares e restaurantes. A princípio não há impacto específico (da questão) no nosso planejamento de segurança e a SDS resolveu não editar nenhuma portaria que faça restrição”, explicou, durante coletiva de imprensa realizada na SDS para detalhar o plano de segurança para as eleições deste ano.
No entanto, o secretário ressaltou que as blitze da Lei Seca continuarão funcionando normalmente. “Uma coisa não retira a força da outra. A lei seca é feita para inibir que o motorista beba e dirija”, disse, sem informar, no entanto, se haverá aumento nas equipes espalhadas pelas estradas de Pernambuco.
Também na tarde desta terça-feira, a SDS anunciou que mais de 17 mil profissionais, entre policiais militares, civis, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), agentes de guardas municipais, entre outros, vão reforçar o esquema de segurança montado pela para o primeiro turno das eleições. Eles serão incrementados ao efetivo que já atua normalmente nos fins de semana para garantir que o processo eleitoral ocorra sem maiores problemas. A um custo de R$ 9,5 milhões, a operação terá um incremento de R$ 1,5 milhões no orçamento em relação a 2016, segundo a SDS, e contará com um efetivo 20% superior no comparativo com a última eleição.
A novidade na operação deste ano, de acordo com Antônio de Pádua, é a descentralização dos Centros Integrados de Comando e Controle Regional. “Haverá uma unidade em Caruaru e outra em Serra Talhada. Todos eles estarão integrados com o do Recife, que por sua vez estará interligado com o Centro Nacional de Controle e Comando, situado em Brasília”. Composto por órgãos como a PRF, Polícias Militar e Civil, Corregedoria Geral da SDS, Tribunal Regional Eleitoral do estado (TRE-PE), Celpe, Compesa, Samu, entre outros, os centros terão atuação delimitada: o do Recife vai monitorar a situação na capital e Região Metropolitana; o de Caruaru vai fazer o monitoramento do Agreste e Zonas da Mata Norte e Sul; e o de Serra Talhada será responsável pelo Sertão.
“A operação terá início já a partir da quinta-feira (4) à noite, para realizar a segurança das urnas na RMR. E na sexta-feira, à medida em que forem distribuídas as urnas no interior, será colocado policiamento ostensivo em cada local de votação para a segurança urnas e dos próprios locais”, detalhou o secretário. A maioria dos 17 mil profissionais será alocada no Agreste e Zona da Mata devido ao maior quantiativo de locais de votação: serão 12,3 mil postos de trabalho ativados na região, contra 7,7 mil na RMR e pouco mais de 7 mil no Sertão. Os postos de trabalho poderão ser ocupados pelo mesmo agente mais de uma vez ao longo do fim de semana, por isso o número é superior ao quantitativo nominal de profissionais escalados.