Com o agravamento do quadro fiscal e do descompasso entre a arrecadação do governo e as despesas públicas, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou nesta segunda-feira (19) um pacote de propostas para turbinar o caixa do Executivo por meio do reajuste de impostos.
Os tributos elevados são o PIS, a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
O ministro também anunciou a volta da Cide, o imposto sobre os combustíveis.
Com a elevação do PIS/Cofins para os combustíveis e a reaplicação da Cide, que estava zerada desde 2012, a gasolina deve ficar 22 centavos mais cara nas refinarias, enquanto o diesel deverá subir 15 centavos. Nas bombas, o preço pode subir até 10%.
O IOF para operações de crédito ao consumidor, por sua vez, foi elevado de 1,5% para 3% e afetará inclusive o financiamento imobiliário.
As outras mudanças foram a elevação do PIS/Cofins sobre a importação, de 9,25% para 11,75%, e a equiparação do atacadista ao industrial no setor de cosméticos para fins de aplicação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
A intenção do governo é conter o consumo e, consequentemente, tentar segurar a alta da inflação. Outro objetivo é melhorar a arrecadação e tentar resgatar a credibilidade do país junto ao mercado.
As mudanças fazem parte do “trabalho de equilíbrio fiscal” para “aumentar a confiança dos agentes econômicos”, disse Levy. “O mundo mudou, o Brasil está mudando, e estamos tomando medidas passo a passo.”
O pacote de aumento de tributos que deve elevar a arrecadação federal em até R$ 20,6 bilhões em 2015.
Fonte: IstoÉ , Veja, Uol Economia