O município de Bom Jardim, no Agreste de Pernambuco, está de luto pela morte do ex-prefeito Noé Souto Maior, que faleceu aos 98 anos na noite desta segunda-feira (5) em sua residência. Noé Souto Maior exerceu o cargo de prefeito por dois mandatos, entre 1963 e 1967 e novamente de 1972 a 1976. Além de sua atuação política, ele também foi tabelião do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e deixa cinco filhos, netos e bisnetos. Ele era viúvo.

O atual prefeito de Bom Jardim, Janjão, decretou luto oficial de três dias e ponto facultativo para esta terça-feira (6) em todos os órgãos públicos municipais em homenagem ao ex-gestor.

O velório de Noé Souto Maior está sendo realizado em sua residência, no centro de Bom Jardim, a partir das 23h desta segunda-feira. O sepultamento está marcado para as 17h desta terça-feira (6), no cemitério local. Antes do sepultamento, o ex-prefeito receberá homenagens na sede do Governo Municipal, a partir das 14h. O prédio da prefeitura tem um significado especial, pois funcionava como a antiga Estação Ferroviária, que foi desapropriada por Noé Souto Maior durante sua gestão em 1964 para se tornar a sede do executivo municipal.

Noé Souto Maior marcou a história política de Pernambuco ao transformar Bom Jardim em um reduto da esquerda durante o período da Ditadura Militar (1964-1989). Mesmo perdendo a eleição pela primeira vez em 1989 para o candidato Coronel Sebastião Rufino (PFL, direita), sua influência na política local e estadual foi significativa. Ele foi um dos fundadores do Movimento Democrático Nacional (MDB) em Pernambuco, partido de oposição ao regime militar.