Presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, Humberto Costa (PT) participa, nesta sexta-feira (18), de uma diligência da CDH ao município de Barreiros, na Zona da Mata de Pernambuco. Ele vai acompanhar as apurações, em conjunto com a CDH da Câmara, sobre o assassinato do menino Jonatas Oliveira, de 9 anos, na comunidade do Engenho Roncadorzinho. O local tem sido palco de um confronto entre trabalhadores rurais e proprietários de terras.
As atividades se iniciam às 9h30 da manhã com uma reunião com moradores da comunidade e representantes de movimentos sociais. Segue com um encontro na sede da prefeitura com representantes do município. À tarde, as atividades da diligência serão no Recife, onde acontecerá um encontro com o governador Paulo Câmara (PSB) e, posteriormente, com integrantes do Tribunal de Justiça de Pernambuco.
“Foi um crime bárbaro Uma criança foi morta por homens encapuzados dentro de sua própria casa. Não vamos descansar até que as respostas sejam dadas e que o crime seja punido com rigor. Não podemos permitir mais atos de violência na região, que tem sofrido bastante com uma série de conflitos”, afirmou Humberto Costa.
Além de Humberto, também integram a comitiva o presidente da CDH da Câmara, Carlos Veras (PT), o deputado estadual Doriel Barros (PT), as codeputadas Juntas (PSol-PE), o deputado e líder do governo na Alepe, Isaltino Nascimento (PSB), o deputado João Paulo (PCdoB) e a vereadora Liane Cirne (PT). O procurador-geral de Justiça de PE, o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB de Pernambuco, Renan Castro, a juíza e conselheira da Associação Juízes para a Democracia, Renata Nóbrega, e representantes movimentos sociais, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Fetape, também estarão presentes.
SOBRE O CRIME – Filho do presidente da associação dos agricultores familiares do local, Jonatas Oliveira, de 9 anos, foi assassinado por homens encapuzados que invadiram a residência da família. Ele ainda se escondeu embaixo da cama com a mãe, mas foi retirado de lá e executado pelo grupo. A região é palco de uma disputa judicial entre proprietários de terra e trabalhadores rurais, que relatam já ter recebido outras ameaças no local por conta da disputa agrária.