O assassinato de nove mulheres em um período de 15 dias neste mês de junho, em Pernambuco, motivou o pronunciamento da deputada Simone Santana (PSB), na Reunião Plenária desta segunda (29). A parlamentar lembrou os crimes recentes, que vitimaram a estudante Maria Alice Seabra, 19 anos, a empregada doméstica Aldenize Firmino da Hora, 36 anos, e a adolescente Eduarda Onório de Barros, 15 anos, além de atentados em outros Estados, avaliando se tratar de uma “epidemia nacional”.
“Dados da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Congresso Nacional, criada para investigar a violência contra a mulher, revelam que 43.700 mulheres foram assassinadas entre 2000 e 2010. Em mais de 70% desses casos, o autor era íntimo da vítima, e muitas vezes, companheiro dela”, revelou a deputada. De acordo com Simone, estudos mostram que a violência é fruto de uma cultura patriarcal, que concentra o poder na mão dos homens.
A socialista defendeu a ampliação do debate sobre machismo e igualdade de gênero para prevenir esse tipo de violência. “Em março, demos um passo importante, reconhecendo o feminicídio como homicídio qualificado e crime hediondo. Mas apesar da legislação estar mais rigorosa, os registros se multiplicam”, observou.