O ex-prefeito de Timbaúba, Ulisses Felinto, utilizou suas redes sociais para tornaras ameaças que alega ter recebido e para enumerar uma série de supostas irregularidades na atual gestão do município.

Ulisses iniciou sua fala mencionando ter recebido uma intimação após uma queixa formalizada na delegacia por um indivíduo que ele se refere como “Mete Bronca”.

O ex-prefeito reproduziu um áudio atribuído a “Mete Bronca” onde ele afirma: “Vou estar com equipe mais de 50 homem. Eu vou estar pesado. Pesado não é maneiro não. Pode ir para promotor. Eu pego dou na cara… Eu vou prender muito vocês aí querendo comprar vota, viu?”.

Felinto questionou a declaração do indivíduo de ter “50 homens”, sugerindo que ele só poderia ser um “chefe de milícia” e acusando-o de ameaçar a população e os vereadores de oposição em reuniões da Câmara, onde estaria andando armado. Ele ressaltou que o próprio indivíduo afirma no áudio que “ninguém tira ele de Marinaldo”, indicando que ele seria um aliado do atual prefeito.

Além das ameaças, Ulisses fez sérias acusações contra a administração municipal, citando supostos problemas apontados pelo Tribunal de Contas (TCE) e outras faltas administrativas:

Corrupção e Desvios: Ele alegou a existência de “empresa fantasma”, desvios em merenda, remédios, cestas básicas e “em tudo” no município.

Perseguição Política: Mencionou que vereadores de oposição que pediram informações sobre a licitação de lâmpadas de LED (por acharem o valor caro) foram processados judicialmente pelo prefeito por estarem exercendo seu papel de fiscalização.

Verbas da Educação: Acusou o prefeito de ter recebido um precatório do Governo Federal destinado à educação e aos professores, mas que o dinheiro “sumiu”, não sendo investido na educação nem repassado aos docentes.

Consignados Atrasados: Denunciou que o prefeito desconta os valores de empréstimos consignados dos salários dos funcionários, mas não repassa o dinheiro aos bancos por meses (citando 6 a 7 meses de atraso), causando constrangimento e tirando o crédito dos servidores.

Direitos Trabalhistas Não Pagos: Afirmou que o prefeito não cumpre acordos judiciais sobre o salário de funcionários e não paga o terço de férias aos servidores que tiram férias, alegando que “tudo está errado em Timbaúba”.

O ex-prefeito concluiu dizendo que espera que o processo na justiça ajude o juiz a identificar a situação de “ditadura” que, segundo ele, a cidade estaria vivendo, e prometeu que as ameaças não o intimidarão.