Oito pessoas foram presas durante a Operação Mata Norte, que a Polícia Federal (PF) deflagrou na última quinta-feira (21), resultado de uma investigação sobre fraudes em licitações de merenda escolar na cidade de Lagoa do Carro, na Mata Norte de Pernambuco. No total, nove mandados foram cumpridos e os suspeitos encaminhados para a audiência de custódia, mas uma pessoa foi liberada por contribuir com a Justiça Federal. O balanço foi divulgado pela PF na manhã dessa sexta (22).
Além do ex-prefeito Severino Jerônimo da Silva, o Jaílson do Armazém, foram presos a ex-secretária de educação, Sílvia Maria Santos Porto, o pregoeiro Adeildo Marques dos Santos Júnior, os comerciantes Ricardo Henrique Reis dos Santos e Eliab Américo Coutinho, João Henrique dos Santos, Taciana Santos Costa e Carlos Eduardo Brito de Albuquerque. Os oito envolvidos levados ao Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, Região Metropolitana, e à Colônia Penal Feminina, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife.
Apenas a prisão de Jully Anne de Morais Barros foi revogada por contribuir com a investigação. Além de cumprir os mandados de prisão temporária, a PF cumpriu mandados de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão.
Os nomes das empresas alvos de investigação também foram divulgados pela Polícia Federal: FJW Empresarial LTDA, Radar Mercantil LTDA e Comercial Américo. Esta última também é investigada por vender comida vencida a hospitais e escolas públicas de Pernambuco pela Operação Comunheiro, deflagrada em julho deste ano.
Entre o material apreendido estão contratos de empresas, material contábil, mídias de computadores e um revólver calibre 38 encontrado na residência de um dos suspeitos, preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. O material passará por perícia técnica para ajudar nas investigações e a análise pode resultar em desdobramentos da operação.
Crimes
Os suspeitos serão responsabilizados e indiciados de acordo com seu grau de envolvimento nos seguintes crimes: desvio de recursos públicos, fraude em licitação e associação criminosa, com penas que podem variar de 1 a 12 anos de reclusão.